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Transporte e hotelaria são maiores desafios da cidade
DA SUCURSAL DO RIO
O sistema de transporte e a
rede hoteleira são os principais
pontos de interrogação da candidatura brasileira para o COI.
O projeto elaborado pela Rio--2016 para transportar atletas,
dirigentes e torcedores durante
os Jogos prevê a construção e
recuperação de dezenas de quilômetros de vias expressas. Já o
metrô e os trens urbanos contariam com pequenas ampliações e modernizações de frota.
Os atletas só circulariam de
ônibus pela cidade. Os governos terão que gastar quase R$
10 bilhões na área. Só para a
chamada "família olímpica"
(atletas, árbitros, dirigentes e
jornalistas), a Rio-16 acredita
que a cidade vai ganhar cerca de
20 mil veículos para os Jogos.
No próprio relatório de avaliação divulgado pelo COI no
início do mês, no qual a cidade
ganhou elogios, o sistema de
transporte foi censurado.
No documento, a entidade
afirma que o deslocamento no
Rio ""deve ser crítico" por causa
do trânsito na cidade.
""O importante é que o COI
aprova o nosso plano de transporte. Todas as simulações foram feitas. Apresentamos um
projeto considerado viável e
eficiente. Além disso, é importante dizer que o Rio passou
por uma prova prática. Das
quatro cidades candidatas, foi a
única que passou por isso [referindo-se ao Pan-2007]", falou o
secretário-geral do comitê do
Rio, Carlos Roberto Osório.
Pelo novo desenho, serão
construídos corredores de ônibus (inspirados no exemplo de
Bogotá, com faixas segregadas e
estações) e novas vias. Quase
todas as intervenções estão planejadas no PAC (Programa de
Aceleração do Crescimento).
No Pan, os organizadores
prometeram a ampliação do
metrô e a ligação por trem do
Galeão à Barra da Tijuca, região
que concentrava os Jogos. Mas,
até hoje, nada saiu do papel.
Para evitar o caos em 2007, a
prefeitura criou faixas especiais nas vias expressas para os
envolvidos no Pan e deu férias
para alunos da rede pública.
Em um evento de dimensão
continental, o esquema improvisado acabou funcionando.
Para os Jogos, o COI tem dúvidas. No início do mês, a entidade mostrou certa descrença em
relação ao cumprimento dos
projetos de infraestrutura.
Segundo a avaliação do Comitê Olímpico Internacional,
as obras precisam de ""gestão e
monitoramento cuidadoso".
O COI criticou também a rede hoteleira da capital fluminense. No documento, registrou que o Rio tem ""insuficiente número de quartos".
Para reforçar o setor, seriam
criadas vilas para a imprensa e
para os atletas, além de seis
transatlânticos que serviriam
como hotéis flutuantes. Na última segunda-feira, a cidade
anunciou que poderá disponibilizar 1.830 novos quartos, caso seja escolhida no dia 2.
A violência não foi criticada
pelo COI, que escreveu no dossiê que "o Rio tem desafios de
segurança pública", mas que os
últimos programas de combate
ao crime ""já estão mostrando
resultados positivos".0
(SR)
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