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ONGs criam grupo para fiscalizar
DA SUCURSAL DO RIO
Associações de moradores, ONGs, políticos e empresários criaram uma entidade para fiscalizar os
gastos da Rio-2016.
Descontentes com a herança que ficou para a cidade depois do Pan-07, os
integrantes do grupo querem pressionar os organizadores do evento carioca,
em caso de vitória na sexta-feira na Dinamarca.
""Decidimos criar o movimento após as experiências negativas que aconteceram com o evento em
2007. Vamos pressionar
as autoridades para garantir benefícios para a cidade
de forma democrática",
declarou o médico Daniel
Becker, colaborador da
ONG Centro de Promoção
da Saúde (Cedaps).
Ele é um dos articuladores do movimento, que deverá se reunir no próximo
mês com os responsáveis
pela campanha brasileira.
""Não vamos mais aceitar aquele descontrole e a
falta de transparência do
Pan. O único legado foi
uma série de arenas, que
foram privatizadas ou estão se deteriorando com o
tempo", afirmou o médico.
"A partir de agora, queremos criar uma plataforma de compromisso, que
inclui maior discussão nos
gastos, uma definição de
um legado social para a cidade, além de sustentabilidade ambiental."
Em 2005, professores e
pesquisadores universitários criaram um órgão semelhante, o Comitê Social
do Pan. Eles pretendiam
fiscalizar as contas do
evento e realizar passeatas
para chamar a atenção da
população para a ""falta de
transparência" do Pan.
Na prática, porém, o poder de intimidação do comitê era pequeno e foi praticamente ignorado pelos
políticos e organizadores
do evento continental.
""Sabemos que o Rio vai
ganhar bilhões de dólares
caso organize os Jogos
Olímpicos e queremos assegurar que esses recursos
também cheguem à população, que não fiquem restritos apenas aos interesses privados", acrescentou
Daniel Becker.0
(SR)
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