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Basquete se move por Brasileiro unificado
Clubes paulistas pretendem
procurar CBB para acordo
FABIO GRIJÓ
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma reunião nos próximos
dias pode selar um torneio único, no âmbito nacional, entre os
times de basquete do país.
A CBB (Confederação Brasileira de Basquete) marcou o
Campeonato Nacional para o
período de 6 de janeiro a 3 de
junho de 2008. Doze equipes
confirmaram presença.
Oito clubes paulistas, descontentes com gestão da competição, decidiram não disputar o Nacional da CBB.
Apenas um time de São Paulo, o São Bernardo, está garantido. É a menor participação do
Estado na história do torneio.
Os oito clubes ausentes fundaram anteontem a ABCB (Associação Brasileira dos Clubes
de Basquetebol).
"Entraremos em contato
com a confederação, queremos
disputar o Nacional [da CBB]
desde que o torneio passe a ser
administrado pelos clubes",
disse o técnico Hélio Rubens,
do Franca, uma das equipes integrantes da ABCB. As outras
são Paulistano, Limeira, São
José, Araraquara, São João, Pinheiros/ Santo André e Assis.
A gestão do campeonato pelos clubes é uma reivindicação
antiga. Levou à criação da NLB
(Nossa Liga de Basquete), capitaneada pelo ex-jogador Oscar
Schmidt, há dois anos.
O encontro entre os representantes da associação recém-formada -que rejeitaram, no
mês passado, competir no Nacional- e a CBB ainda não tem
data para acontecer.
Mas a comissão executiva do
Nacional, vinculada à confederação, vê com bons olhos a reunião. "Consenso é a palavra de
maior bom senso no basquete
nos últimos anos. O que todos
queremos é realizar o melhor
campeonato possível", afirmou
o técnico do Joinville, Alberto
Bial, que faz parte da comissão.
A Folha apurou que a comissão está encarregada pela CBB
de fazer a política de aproximação da entidade com os clubes
dissidentes. Tentará chegar ao
acordo com os times para reverter a situação.
Patrocinadores dos oito paulistas estariam descontentes
com a possível ausência das
equipes do Nacional. Os investidores avaliam que apenas a
disputa do Campeonato Paulista não traria visibilidade.
A ABCB informou que não
pretende criar um torneio à
parte, como fez a liga de Oscar,
que vive momento de crise.
"Se depender de mim, haverá
conversa [com a associação].
Precisamos do basquete mais
forte, ter equipes representativas como as de São Paulo", falou Bial, da comissão executiva
do Nacional da CBB.
Hélio Rubens disse que clubes de outros Estados já fizeram contato com a associação.
"Uberlândia, Cetaf e Saldanha
da Gama nos procuraram",
contou o treinador. Os três estão certos no Nacional. Os outros garantidos são Brasília,
Flamengo, Iguaçu, Salvador,
Minas, Lajeado, Joinville, Londrina e São Bernardo.
A ABCB pretende convidar
mais equipes a se filiar ao grupo. "Agora, esperamos o bom
senso da confederação. Queremos um campeonato organizado de comum acordo com a
CBB", afirmou Hélio Rubens.
Os clubes insurgentes reclamam que as receitas vindas da
CBB são pequenas e questionam o valor do contrato de
transmissão do Nacional apenas na TV fechada.
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