São Paulo, sexta-feira, 27 de novembro de 2009 |
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AÇÃO A onda da vida
CARLOS SARLI COLUNISTA DA FOLHA NO VOO de ida, a sexta-feira 13 sumiu do calendário. Saímos na quinta à noite dos EUA e amanhecemos no sábado no aeroporto próximo do nosso destino. Para os supersticiosos, bom sinal. Nosso objetivo era uma ilhota no Pacífico Sul onde, na maré baixa, é possível cobrir a orla a pé em 15 minutos. Esse pedacinho de terra se chama Tavarua, fica em Fiji e concentra no seu entorno de águas turquesa e corais coloridos três das melhores ondas do planeta. As esquerdas de Restaurants e Cloudbreak são famosas e abrigam provas do circuito mundial. Já a direita de Tavs Rights só não tem a mesma fama por funcionar raramente. Para a nossa sorte as três quebraram na semana passada. Vi pela primeira vez a ilha num anúncio da revista "Surfing" ainda nos anos 80. O paraíso parecia um sonho impossível. Longe, caro, o hotel criado por um americano visionário, cansado do crowd californiano, ainda exigia reservas com anos de antecedência. Passados mais de 20 anos, a distância continua a mesma, mas, em tempos de crise, o preço e a disponibilidade melhoraram. Em Fiji, as tribos têm o direito de explorar uma área de terra e mar. Dave Clark arrendou Tavarua por cem anos e criou o negócio mais desejado no mundo do surfe. Só surfa em suas ondas quem estiver hospedado no resort, que comporta pouco mais de 40 pessoas. Na semana passada, a ilha esteve fechada para um grupo de amigos brasileiros. Os primeiros dias foram de ondas pequenas, mas a previsão de um swell para a quarta-feira crescia na mesma proporção de nossa ansiedade. O barco das 6h da manhã levou a primeira turma para Cloudbreak, um recife distante 3 km da ilha, e as ondas chegavam aos 8 pés. Quando o barco das 9h voltou, o relato já era de 10 pés. À tarde as séries chegavam aos 15 e poucos surfaram. Restaurants, e suas linhas que parecem extraídas de um desenho hiper-realista, se tornou a opção. Na manhã seguinte, enquanto CB só era viável para tow-in, Tavs Rights começou a quebrar, e ao fim de uma semana, cada um, ao seu nível, pôde surfar a "onda da vida". MUNDIAL DE SURFE Em casa, em Haleiwa, Joel Centeio venceu o Reef e saiu na frente pela tríplice coroa havaiana. E hoje pode começar o O'Neill em Sunset, última etapa do WQS de 2009. WAKEBOARD Marcelo Giardi, o Marreco, pode se tornar hexacampeão brasileiro neste fim de semana em Araraquara, no interior de SP. A prova também define o título paulista. MUNDIAL DE WINDSURFE Os melhores do mundo na categoria Fórmula disputam etapa em Fortaleza esta semana, e atletas da categoria olímpica, RS:X, aproveitam para treinar. sarli@trip.com.br Texto Anterior: Internacional: Time se prepara em Recife para "final" Próximo Texto: Xico Sá: Aos inimigos, a ética Índice |
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