da Reportagem Local

Maior pontuador e eleito melhor jogador da Copa dos Campeões, Nalbert, 23, quer assumir a responsabilidade de ser ídolo e reerguer a popularidade do vôlei.
Pelos dois prêmios e o título vai receber cerca de US$ 56,6 mil (20% será descontado, como imposto japonês).
O atacante do Olympikus, do Rio, 1,95 m e 82 kg, acredita que será considerado um "sex simbol" se mantiver sua ascensão técnica. "O ídolo fica mais bonito quanto melhor é." (MK)

Folha - O Ary (da Graça Filho, presidente da CBV) disse que a popularidade do vôlei caiu muito por ausência de ídolos. E que você é o mais novo ídolo brasileiro.
Nalbert - Fico orgulhoso e espero corresponder às expectativas dele. Eu lido muito bem com pressão e responsabilidade sobre mim, como na quadra. O vôlei brasileiro caiu nos últimos tempos, e o título da Copa dos Campeões vai dar um impulso.
Folha - É mais difícil ser capitão da seleção e comandá-la ou ter a responsabilidade de ser ídolo?
Nalbert - As duas coisas são difíceis. Agora preciso prestar mais atenção nas minhas atitudes e me cobrar mais.
Folha - O que você vai ter que mudar?
Nalbert - Normalmente sou tranquilo, mas na quadra sou meio estourado. Preciso me controlar mais. Ninguém até agora reclamou, mas tenho certeza de que incomoda meus colegas. Incomoda até a mim mesmo.
Folha - O Marcelo Negrão não tem um padrão de beleza, mas já chegou a ser um "sex simbol". As fãs também te acham bonito?
Nalbert - Tudo isso é fruto do nosso trabalho. O ídolo fica mais bonito quanto melhor é. Todo mundo acha seu ídolo bonito.
Folha - Quantas cartas você recebe por mês?
Nalbert - Umas 30.
Folha - E dá para responder?
Nalbert - Não. Nenhuma.
Folha - E sua namorada (Cristiana, 20), não acha ruim?
Nalbert - Ela se incomoda como a mulher de qualquer jogador famoso. É um ciúme normal, nada sério.
Folha - Com o Carlão voltando à seleção brasileira, quem vai ser o capitão?
Nalbert - A posição é do Carlão. Ele é referência para mim. Sempre me espelhei nele.
Folha - Tem alguma comemoração do título prevista para hoje (ontem)?
Nalbert - Não estou sabendo ainda. Já comemoramos no Japão. Fomos a uma churrascaria. Mas sábado já tem jogo. Tem que treinar amanhã (hoje).



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