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HANDEBOL
Com o sexto título nacional seguido, Metodista crava novo recorde
São Bernardo alarga maior
supremacia das quadras
DA REPORTAGEM LOCAL
Em 2001, o time masculino da
Metodista/São Bernardo transformou o handebol do Brasil em
esporte de um time só. Neste ano
não repetiu o feito, mas no principal campeonato do país, a Liga
Nacional, conquistou o título pela
sexta vez em seis edições.
Com isso, a equipe do ABC consolidou a maior hegemonia de
um time brasileiro entre os esportes coletivos olímpicos.
Quem mais se aproxima do feito da Metodista é o Monte Líbano,
que conquistou o Nacional masculino de basquete quatro vezes
consecutivas na década de 80.
Na temporada passada, o time
do ABC teve um ano perfeito e
venceu todos os campeonatos
que disputou: Jogos Regionais e
Abertos, Paulista, Copa do Brasil,
Liga Nacional e Sul-Americano.
Em 2002, a temporada da Metodista começou com o Mundial de
Clubes, no Qatar, em maio, cuja
vaga foi conquistada com o título
do Sul-Americano de 2001.
Em sua segunda participação
no Mundial, a equipe ficou em
terceiro lugar -em 97, havia terminado na sexta colocação.
Por causa da preparação para o
torneio, a Metodista não disputou
a Copa do Brasil, em abril.
Após a competição no Qatar, o
time ficou na seca: foi vice nos Jogos Regionais e Abertos, perdendo para o técnico/São Caetano, e
no Paulista, batido pelo Pinheiros.
A recuperação veio na Liga Nacional. A equipe perdeu somente
duas vezes e terminou a fase de
classificação com o primeiro lugar. Nos mata-matas, passou, sem
derrotas, por Unifil/Londrina e
Imes para vencer pela sexta vez
em seis edições da competição.
O técnico Alberto Rigolo diz
que é "complicado" tentar explicar a supremacia de seu time.
"Não há uma diferença gritante
entre as equipes", afirmou ele.
A Metodista, porém, é a base da
seleção, com 10 dos 23 atletas pré-convocados para o Mundial de
Portugal, em janeiro e fevereiro.
"Isto é questão de momento. Há
três jogadores machucados e outro que pediu dispensa. Se eles pudessem ser chamados, provavelmente o número de atletas da Metodista diminuiria", diz o técnico.
Na seleção dos melhores da Liga, escolhida pela Confederação
Brasileira de Handebol, há só um
atleta do hexacampeão, contra
três do Imes e três do Pinheiros.
Rigolo, que também é coordenador de handebol da Metodista,
afirma que, se for levado em conta
apenas o time principal, sua equipe gasta a mesma quantia ou menos do que seus principais adversários. "Não posso te abrir números, mas garanto que é isso."
A informação é contestada por
seus rivais. Sérgio Hortelan, técnico do Pinheiros, time que quebrou uma sequência de três títulos da Metodista no Paulista, disse
que a equipe de São Bernardo tem
um orçamento claramente maior.
Washington Nunes, que dirige
o Imes, também afirma discordar
do técnico da Metodista.
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