São Paulo, sexta-feira, 27 de dezembro de 2002

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HANDEBOL

Com o sexto título nacional seguido, Metodista crava novo recorde

São Bernardo alarga maior supremacia das quadras

DA REPORTAGEM LOCAL

Em 2001, o time masculino da Metodista/São Bernardo transformou o handebol do Brasil em esporte de um time só. Neste ano não repetiu o feito, mas no principal campeonato do país, a Liga Nacional, conquistou o título pela sexta vez em seis edições.
Com isso, a equipe do ABC consolidou a maior hegemonia de um time brasileiro entre os esportes coletivos olímpicos.
Quem mais se aproxima do feito da Metodista é o Monte Líbano, que conquistou o Nacional masculino de basquete quatro vezes consecutivas na década de 80.
Na temporada passada, o time do ABC teve um ano perfeito e venceu todos os campeonatos que disputou: Jogos Regionais e Abertos, Paulista, Copa do Brasil, Liga Nacional e Sul-Americano.
Em 2002, a temporada da Metodista começou com o Mundial de Clubes, no Qatar, em maio, cuja vaga foi conquistada com o título do Sul-Americano de 2001.
Em sua segunda participação no Mundial, a equipe ficou em terceiro lugar -em 97, havia terminado na sexta colocação.
Por causa da preparação para o torneio, a Metodista não disputou a Copa do Brasil, em abril.
Após a competição no Qatar, o time ficou na seca: foi vice nos Jogos Regionais e Abertos, perdendo para o técnico/São Caetano, e no Paulista, batido pelo Pinheiros.
A recuperação veio na Liga Nacional. A equipe perdeu somente duas vezes e terminou a fase de classificação com o primeiro lugar. Nos mata-matas, passou, sem derrotas, por Unifil/Londrina e Imes para vencer pela sexta vez em seis edições da competição.
O técnico Alberto Rigolo diz que é "complicado" tentar explicar a supremacia de seu time. "Não há uma diferença gritante entre as equipes", afirmou ele.
A Metodista, porém, é a base da seleção, com 10 dos 23 atletas pré-convocados para o Mundial de Portugal, em janeiro e fevereiro.
"Isto é questão de momento. Há três jogadores machucados e outro que pediu dispensa. Se eles pudessem ser chamados, provavelmente o número de atletas da Metodista diminuiria", diz o técnico.
Na seleção dos melhores da Liga, escolhida pela Confederação Brasileira de Handebol, há só um atleta do hexacampeão, contra três do Imes e três do Pinheiros.
Rigolo, que também é coordenador de handebol da Metodista, afirma que, se for levado em conta apenas o time principal, sua equipe gasta a mesma quantia ou menos do que seus principais adversários. "Não posso te abrir números, mas garanto que é isso."
A informação é contestada por seus rivais. Sérgio Hortelan, técnico do Pinheiros, time que quebrou uma sequência de três títulos da Metodista no Paulista, disse que a equipe de São Bernardo tem um orçamento claramente maior.
Washington Nunes, que dirige o Imes, também afirma discordar do técnico da Metodista.


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