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FUTEBOL
Técnico vai desafiar escrita de que campeões do Mundial pioram pós-taça
São Paulo diz que Autuori recusou proposta e vai ficar
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
O São Paulo anunciou ontem,
por meio de seu presidente, Marcelo Portugal Gouvêa, a permanência do técnico Paulo Autuori.
Com a decisão, o treinador entra
em 2006 com um desafio a superar: o de sobreviver aos louros da
conquista em terras japonesas.
De acordo com Gouvêa, o clube
agora vai tocar o seu planejamento para no ano que vem. "Ele [Autuori] fica. Tem contrato com o
São Paulo e vai cumprir integralmente. Ele tinha propostas do Japão [Kashima Antlers], mas decidiu continuar", afirmou o presidente são-paulino.
Disposto a seguir no Morumbi,
Autuori espera desfazer o tabu
que persegue os técnicos brasileiros que vingaram com seus times
no Japão no Mundial de Clubes,
mas depois viram suas carreiras
entrarem em declínio.
Valdyr Espinosa, que ganhou o
título em 83 com o Grêmio, foi
campeão em Tóquio, mas depois
viu seu trabalho oscilar e hoje ainda busca um troféu de expressão
nacional para ressurgir.
"Realmente me falta um título
brasileiro, mas acho que não podemos pensar assim, senão você
está morto. Cada título tem a sua
importância. Fui campeão no Paraguai, no Botafogo ganhei até a
Taça Guanabara -além do Carioca- e todas essas conquistas
são importantes", disse Espinosa,
atual técnico do Flamengo.
Oswaldo de Oliveira não foi a
Tóquio, mas se tornou campeão
mundial em pleno Maracanã com
o Corinthians. Cria de Vanderlei
Luxemburgo, surgiu ganhando o
Paulista antes de triunfar sobre o
Vasco. Depois, estagnou.
Outro que seguiu o mesmo caminho foi Paulo César Carpegiani, campeão do mundo com o
Flamengo em 81. Ele até deu a impressão de que não seria "chuva
passageira" ganhando ainda o
Brasileiro de 82. No entanto, não
conseguiu se manter no topo como ganhador de títulos.
A exceção ficou por conta de
Telê Santana. Responsável pela
era de ouro do São Paulo em 92 e
93, viu a sua carreira ser interrompida por uma isquemia.
Para tentar "ajudar" Autuori
em seu desafio, a ordem no São
Paulo é tentar segurar quem puder. Quanto à renovação do contrato de Amoroso, a definição deve acontecer somente em janeiro.
De acordo com Nivaldo Baldo,
procurador do atleta, a oferta já
foi feita: um aumento salarial, luvas -a serem estipuladas pelo
São Paulo- e um contrato com
duração de três anos. "Agora o caso é com a diretoria", disse Baldo.
E pelo planejamento do treinador são-paulino, o foco para 2006
vai ser mesmo o Brasileiro. Autuori adiantou, ainda no Japão,
que o clube deve priorizar o torneio nacional, que não conquista
desde 1991, quando o comandante era ainda Telê Santana.
"O Brasileiro é um campeonato
importante. O São Paulo tem que
brigar por esse título."
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