DA REPORTAGEM LOCAL

A idéia da prefeitura de proteger eventos vai ao encontro da reivindicação de alguns organizadores, preocupados com um calendário inchado, que tem diminuído o público das provas.
Eles se apóiam em dados da Federação Paulista de Atletismo. Em 2004, quando houve o boom de corridas de rua em SP, uma prova atraía, em média, 1.308 pessoas.
Esse número chegou ao auge em 2006, quando havia média de 1.466 atletas por corrida. Nos últimos dois anos, porém, só houve queda.
Em 2008, apesar de a São Silvestre fechar o calendário com 20 mil inscritos -é a terceira maior corrida de rua de SP em participantes-, essa média cairá para 1.299 competidores por evento.
Enquanto o número de provas cresceu 18,5% em 2008, o número de participantes subiu apenas 5,5%.
Para Solange Menzel, da Secretaria Municipal de Esportes de São Paulo, os números do Estado não refletem a situação na capital.
"Se o mercado está caindo, por que a secretaria recebeu tantos pedidos de autorização para novas provas no ano que vem?", questiona ela.
Em 2008, foram realizadas cerca de 85 corridas de rua em São Paulo. Dessas, 23,5% foram iniciativas da própria secretaria municipal, em subprefeituras onde não havia eventos desse tipo.
Para o ano que vem, Solange contabiliza cerca de cem pedidos de autorização para competições de pedestrianismo na cidade. É um aumento de 17,7%, similar ao observado em 2008. Resta saber se haverá, de fato, demanda de público para justificar tantas provas. (ALF)


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