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ESTRELA FORA DA GALÁXIA
Melhor do time até agora, atacante, que perderá a 10 para Tevez, diz que esse será seu ano
Sombra argentina acorda futebol de Gil
DA REPORTAGEM LOCAL
E DO ENVIADO A PORTO FELIZ
Ele vai perder a camisa 10, já
demonstrou insatisfação com isso, mas tem levado o time nas
costas. O atacante Gil, 25, atleta
mais badalado do Corinthians
até a vinda de Carlos Tevez, iniciou guerra velada com a estrela.
"Ele não é o salvador da pátria", afirma Gil, sobre a contratação mais cara do futebol brasileiro. "O Tevez é diferenciado,
mas não vai decidir nada sozinho nem carregar as pressões
sozinho", diz o atacante sobre o
colega argentino de US$ 22,6 milhões (cerca de R$ 60 milhões) e
que receberá US$ 2 milhões
anuais (R$ 500 mil mensais).
O discurso seco do jogador,
que tem contrato com o Corinthians até o final deste ano e recebe R$ 120 mil mensais, revela
que a badalação sobre os novos
reforços do time o incomodam.
Curiosamente, porém, seu futebol neste começo de temporada mostra a mesma agressividade das palavras com que detona
a irritação com a perda do número 10 para Tevez.
No ano passado, o futebol de
Gil acompanhou a derrocada do
time, que esteve ameaçado de rebaixamento no Paulista e no
Brasileiro. Foi um dos principais
alvos de críticas e ficou 224 dias
sem marcar.
Em 2005, ainda não balançou
as redes. Mas, nos três confrontos iniciais do Corinthians, ele
foi o principal jogador da equipe. Mesmo após as duas primeiras derrotas, para Mogi Mirim e
Marília, deixou o gramado festejado pela torcida.
"Neste ano vou arrebentar. Em
2004, tive uma contusão séria
[no púbis], mas neste ano comecei muito bem", acredita Gil,
atleta que se apresentou com
melhor condicionamento físico
na equipe para a pré-temporada
em Porto Feliz (SP).
Anteontem, após o primeiro
triunfo do ano e mais uma atuação convincente, fez questão de
elogiar os companheiros que
correm o risco de perder a posição com a chegada das estrelas
milionárias da MSI.
"Tem toda essa badalação,
mas isso é um grupo. Tenho certeza de que todos terão de disputar posição", acredita o atacante.
Se o time se comportar dessa
maneira, unido, acredita ele, poderá voltar a conquistar títulos e
sonhar de novo com a seleção.
"É o meu grande sonho. Esse
pode ser o meu ano", acredita o
jogador, que, amanhã, contra o
América, deve vestir a camisa 11
corintiana.
(EAR E LB)
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