São Paulo, segunda-feira, 28 de fevereiro de 2005

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Tite quer mulher longe do apito

DA REPORTAGEM LOCAL

"Mulher não pode apitar jogo de futebol de alto nível."
A frase, que soa preconceituosa, foi dita ontem pelo técnico Tite, minutos depois da derrota do Corinthians para o São Paulo.
O treinador estava tão preocupado com a árbitra Sílvia Regina de Oliveira que nem esperou ouvir uma pergunta sobre ela. Fez seu comentário após uma questão em relação ao desempenho de Tevez, que ficou sem resposta.
"Vou falar uma coisa como profissional de educação física: o torque da mulher, a força muscular e a velocidade dela fazem com que ela não possa acompanhar os homens. Não é preconceito, falo isso até com um certo constrangimento", declarou o gaúcho.
Segundo Tite, a juíza ficou longe dos lances, por isso errou em faltas para os dois lados.
"Torci para ela ir bem, mas já sabia que isso ia acontecer. Não gostaria que colocassem árbitras nos meus jogos", completou.
Os jogadores seguiram o treinador e falaram mais da juíza do que do desempenho da equipe.
"O destaque negativo do clássico foi a árbitra. Ela errou contra os dois times", afirmou Fábio Costa.
Andrés Sanchez, vice de futebol, também criticou Sílvia Regina.
Conselheiros do clube não gostaram de Tite ter deixado em segundo plano o rendimento do time para reclamar da juíza e pediram a cabeça do técnico.
O argentino Tevez explicou a derrota de forma mais simples. "Não jogamos nada", declarou.


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