São Paulo, terça-feira, 28 de março de 2006

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Técnico holandês arranca o melhor de Ronaldinho

Na abertura das quartas da Copa dos Campeões, astro brasileiro celebra parceria com Rijkaard

Inacio Rosa/Efe
Cercado por fãs com máquinas fotográficas, Ronaldinho desembarca no aeroporto de Lisboa, onde o Barcelona joga com o Benfica


PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Foi bom para os dois lados. Essa é a principal história do "casamento" mais duradouro de Ronaldinho com um treinador.
Hoje, contra o Benfica, na abertura das quartas-de-final da Copa dos Campeões da Europa, o meia-atacante brasileiro completa 150 jogos pelo Barcelona (seu recorde por um clube como profissional).
Todas essas partidas foram sob a chefia do holandês Frank Rijkaard. Os dois chegaram juntos ao clube catalão, antes da temporada 2003/2004, e mudaram os rumos das suas carreiras.
Depois que a parceria começou, Ronaldinho, que vinha de uma desastrosa relação com Luiz Fernandez no Paris Saint-Germain (antes já havia tido problemas com Vanderlei Luxemburgo), conseguiu ser campeão na Europa e ganhar o prêmio de melhor do mundo pela Fifa duas vezes. O meia-atacante nunca havia trabalhado mais de 80 partidas com um mesmo técnico.
Rijkaard também foi campeão pela primeira vez como treinador no clube da Catalunha.
E quem lucrou com a parceria foi o Barcelona. Com Ronaldinho em campo, o time tem um ótimo aproveitamento de 71%, ou 18 pontos percentuais a mais do que Grêmio e PSG conseguiram com ele no gramado. Nem na seleção Ronaldinho tem marca tão boa.
Quando ele não joga, o time, que lidera o Espanhol com folga e está muito bem na competição continental, vai mal, como no sábado passado, quando só empatou com o Málaga, simplesmente o lanterna do Espanhol.
A chave do sucesso, segundo Rijkaard, é a liberdade que ele dá a Ronaldinho. Algo que o atleta já pediu para ter na seleção.
"Ele é tão talentoso e inteligente que eu não preciso dizer a ele o que fazer. Ele lê o jogo, e muda de posição sem bagunçar o sistema [tático]. Ele decide onde jogar e quando mudar de posição. Não sabia o que era um craque. Graças ao fenômeno Ronaldinho, aprendi", declarou Rijkaard.
A liberdade também se estende para fora dos gramados. No Carnaval, Ronaldinho foi visto em um bar até altas horas tocando pagode. "Os jogadores também são humanos e precisam de outras coisas, como a música", disse o técnico holandês.
Ronaldinho demonstra carinho paternal com Rijkaard, a quem vive abraçado nos treinos. "Formamos uma grande família", disse o brasileiro sobre o relacionamento entre elenco, comissão técnica e torcedores do Barcelona.

Com agências internacionais

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