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PRANCHETA DO PVC
PAULO VINICIUS COELHO - pvc@uol.com.br
Rogério Cem
ESQUEÇA O CLÁSSICO.
Não vai ficar na história a
chance de o Corinthians
igualar sua maior série sem
derrotas para o São Paulo. E
você também não vai se
lembrar que o São Paulo
venceu escalado com duas
linhas de quatro, um 4-4-2 à
inglesa, nem do mapa tático
da partida (veja ilustração).
O detalhe tático de Carpegiani ter mudado o time
para um 4-5-1 no segundo
tempo teve uma única importância: Fernandinho
passou a incomodar Alessandro. E foi justamente em
seu setor que Ralf, na cobertura, fez, no atacante tricolor, a falta histórica.
Eram 17h19 quando Rogério saiu de sua grande
área, com a torcida atrás do
gol de Júlio César ansiosa.
Rogério nunca havia feito
gol de falta no Corinthians.
O futebol nunca havia visto um goleiro como Rogério.
Dane-se o incômodo por
ser mais lembrado pelos
gols que marca do que pelas
defesas que faz. Desta vez,
nem Rogério vai se lembrar
que, a 1min do segundo tempo, espalmou para escanteio um toque de Jorge Henrique que empataria o jogo.
Tirando esse lance, o segundo tempo era são-paulino, porque Carpegiani bloqueou o caminho mais direto do Corinthians para a
área de Rogério. Fechou a
subida de Alessandro, que
fez falta em Dagoberto e mereceu cartão vermelho.
Carpegiani montou bem
seu time. O primeiro tempo
de vantagem são-paulina,
apesar de a aproximação
com o ataque se dar com os
volantes, só funcionou
quando a bola caiu no pé direito de Dagoberto, em vez
de Jean e Rodrigo Souto. E
quando o chute de fora da
área não foi de Dagoberto,
mas de Rogério Ceni.
Rogério já é o 18º goleador da história do São Paulo, empatado com Renato,
campeão em 1980 e 1981.
Rogério é lenda!
...e, com mais seis gols,
empata com Friedenreich!
À PROCURA DO 10
Jadson começou a partida
contra a Escócia muito aberto
pela direita, como Renato Augusto contra a França. À medida em que centralizou o jogo, o Brasil melhorou. Mas só
ficou bom mesmo quando
Neymar começou a brilhar. À
espera da Copa América, o
Brasil também espera por
Ganso ou Robinho, para a armação. E por Pato. Na Argentina, o centroavante não será
Leandro Damião, apesar dos
bons momentos na estreia.
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