São Paulo, sábado, 28 de abril de 2007

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Estratégia do brasileiro faz do contragolpe a arma

DO ENVIADO A MASHANTUCKET

A fórmula que Popó usará para tentar domar o "El Torito" Juan Diaz terá mais contragolpes do que a iniciativa de trocar socos, segundo a Folha constatou ao assistir ao último treino do brasileiro, anteontem.
Seu time não confirmou a tática, mas, ao realizar treino com manoplas (espécie de luvas usadas pelo técnico onde o lutador lança socos) com o treinador Ulisses Pereira, ficou claro que Popó pretende adotar como armas principais as fintas para atrair Diaz para o ataque, além de usar rápida movimentação lateral e encaixar ganchos no queixo.
Popó ainda treinou lançar golpes ao caminhar para trás, para tirar proveito do estilo do rival, que caminha para a frente, mas não tem pegada. A estratégia do americano é "afogar" os rivais com pressão e alta quantidade de socos. "O único jeito de Popó não ganhar é se acontecer algo com seu fôlego na luta, mas isso não ocorrerá", diz o técnico Oscar Suarez.
A preocupação se deve ao fato de o invicto Diaz acabar suas lutas quase no mesmo ritmo que as inicia. Além disso, ele já se acostumou a disputar 12 assaltos. Quatro de suas seis lutas por títulos foram decididas por pontos -as outras foram vencidas por nocaute técnico.
Diaz, que não esconde que era gordo com oito anos, afirma que o fato de ainda carregar gordura o ajuda. "Enquanto os outros queimam músculo e se desgastam mais nos assaltos finais, eu queimo gordura. É como um tanque extra de combustível. Posso não ter o corpo mais definido do mundo, mas isso não é concurso de fisiculturismo."0 (EO)


NA INTERNET - Leia a análise da luta por Eduardo Ohata em www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/


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