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FUTEBOL
Idéia é de diretor da Lusa, dono de padaria; sindicato das panificadoras não endossa protesto contra grupo VR
Padeiros querem boicotar patrocinador
FERNANDO MELLO
da Reportagem Local
Os proprietários de padarias da
cidade de São Paulo vão fazer, a
partir de hoje, um boicote ao grupo VR, patrocinador do Campeonato Paulista-98.
Os panificadores, indignados
com a atuação do árbitro argentino Javier Castrilli no jogo de anteontem entre Corinthians e Lusa,
não vão mais aceitar tíquetes da
empresa como pagamento.
A idéia partiu de um diretor da
Lusa, Vítor Diniz. "Esse foi o único modo que eu tenho de expressar minha indignação contra um
grupo que compra um campeonato e tem um presidente que diz que
é corintiano e que afirma que o
Corinthians estaria na final de
qualquer maneira." Ele telefonou
para cem proprietários e todos
aderiram ao boicote.
Segundo Diniz, o movimento semanal de tíquetes da VR em seu
estabelecimento é de RÏ 4.500.
Existem cerca de 5,4 mil padarias
em São Paulo. Bares e hotéis também poderiam entra no boicote.
O presidente do Sindicato das
Panificadoras, Frederico Maia,
disse que a entidade não vai formalizar nenhum boicote à VR.
O grupo VR disse que não iria
comentar o assunto. Segundo a
empresa, a VR se relaciona apenas
com a Federação Paulista de Futebol e não tem qualquer relação
com escalação de árbitros.
Amílcar Casado, presidente da
Lusa, disse que o boicote não partiu do clube. "Temos que aplaudir
essa atitude. A torcida está revoltada. É um protesto justo."
Essa não é a primeira vez que os
panificadores fazem boicote a
uma marca. Em 1995, o zagueiro
Tonhão, do Palmeiras, pisou, cuspiu e chutou a camisa da Lusa.
Os donos de padarias disseram
que não comprariam mais produtos da Parmalat, patrocinadora do
time.
José Carlos Brunoro, então dirigente da empresa, teve que pedir
desculpas por escrito à comunidade e o boicote foi suspenso.
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