|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Tribunal define piso salarial de R$ 300 para jogadores em SP
da Reportagem Local
O primeiro dissídio coletivo da
história do futebol brasileiro foi
julgado na tarde de ontem pelo
Tribunal Regional do Trabalho da
2ª Região e deve ser publicado hoje no Diário Oficial.
Pelo dissídio, foi estabelecido
para todo jogador de futebol profissional do Estado de São Paulo
um piso salarial de R$ 300 e um
adicional noturno de 60% a partir
das 22h até as 5h.
Na semana passada, duas partidas da Copa do Brasil (Grêmio x
São Paulo e Corinthians x Cruzeiro) tiveram início às 21h45.
Além disso, os clubes serão obrigados a pagar tíquetes-alimentação (22 de RÏ 6 por mês) ou fornecer alimentação ao atleta, dispor
de creche ou pagar auxílio-creche
no valor de 20% do piso por mês
para cada filho até seis anos.
Em caso de contusão, os atletas
terão estabilidade até 60 dias após
a alta. Os jogadores têm direito a
um seguro em caso de invalidez.
Os clubes serão obrigados a pagar multa de 5% do piso por empregado em caso de descumprimento de alguma norma do dissídio. A data-base da categoria passa
a ser 1º de maio.
O dissídio foi pedido pelo Sindicato dos Atletas Profissionais do
Estado de São Paulo (Sapesp) após
um período de dois anos de negociações, sem sucesso, com o Sindicato dos Clubes Esportivos do Estado de São Paulo, o Sindiclubes.
A decisão do Tribunal Regional
do Trabalho não é definitiva. Tanto o Sapesp como o Sindiclubes
podem recorrer ao Tribunal Superior do Trabalho.
A diretora do departamento jurídico do Sapesp, Gislaine Fernandes de Oliveira Nunes, 29, disse
que, apesar de nem todas as reivindicações dos jogadores terem
sido atendidas, a entidade não
pretende recorrer ao TST.
""Não recebi orientação do
Martorelli (Rinaldo, presidente do
sindicato) nesse sentido'', disse.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|