São Paulo, domingo, 28 de maio de 2000


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PAINEL FC

Novo front
O Clube dos 13 mudou de tática. Como já percebeu que a criação de uma liga pode não afastar o Gama, quer fazer este ano um torneio fora da estrutura da CBF, um embrião para a liga, que entraria em vigor em 2001.

Bênção da CBF
Mas para vingar, a proposta precisa do apoio, mesmo velado, da CBF, pois quebra seus regulamentos. Segundo um deles, o clube que não disputa o Brasileiro é suspenso. Por outro, cabe à CBF fixar critérios de classificação para a Libertadores.

Ajuda de Pelé
Além disso, uma eventual liga independente só será possível graças à Lei Pelé, que o Clube dos 13 combate desde o nascedouro, em 1997. Se a lei não existisse, o Clube dos 13 já teria sido obrigado a engolir o Gama.

Davi x Golias 1
Deputados federais do DF discutem um projeto de lei para quebrar o poder da CBF, do Clube dos 13 e da Rede Globo no futebol. São várias as idéias. Uma delas é tornar os TJDs nacionais autarquias federais como os conselhos profissionais e mudá-los para Brasília.

Davi x Golias 2
Na relação TV-clubes, o projeto quer barrar CBF e Clubes dos 13 das negociações. E obrigar as emissoras que comprarem jogos, mas não os exibirem, a liberar seus direitos. Por fim, o projeto obriga o registro dos regulamentos dos torneios no Indesp, para não haver virada de mesa.

CPI da Nike
O senador José Roberto Arruda, do PSDB-DF, afirma ter 32 assinaturas de senadores, de um total de 81, para a abertura da CPI do contrato CBF-Nike no Senado. Antes de ser instalada, a CPI na Câmara foi extinta.

Convite
O Olympique de Marselha acertou contrato com o técnico Abel Braga, do Vasco. Braga ainda faz mistério, mas indicou que vai para a Europa. Ele é conhecido na França pois jogou dois anos como zagueiro do PSG.

Dívida política
O presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, tenta levar mais dirigentes brasileiros na delegação que vai a Sydney. Mas, primeiro, terá que quebrar o limite de credenciamento de cartolas e reduzir o preço de credenciais para eles, que está em US$ 5 mil a unidade.

Campanha
O mexicano Mario Vásquez Raña, presidente da Associação dos Comitês Olímpicos Nacionais, que reuniu 199 comitês no Rio, foi indicado por mais de 130 para integrar o comitê executivo do COI, um bom caminho para chegar à presidência da entidade. O comitê passará de 11 a 15 membros em setembro.

Rio-2012
O Brasil obteve dois apoios estrangeiros para a campanha da Rio-2012. Mas Adamu Dyeri, presidente do Comitê Olímpico da Nigéria, e Rabie Al Turk, vice do da Palestina, defenderam a cidade. Mas a meta do palestino é outra: derrotar a candidatura da cidade israelense de Tel Aviv.

Deserção
Se a moda pega, o torneio de futebol olímpico ficará esvaziado. O goleiro australiano Mark Bosnich, titular da seleção anfitriã, anunciou que não irá a Sydney. Disse que prefere ficar na Inglaterra, defendendo seu time, o Manchester United.

Vitória S/A
O Vitória acertou na sexta-feira a sociedade com o grupo argentino Exxel, que passa a ter 51% das ações do clube. O acordo do Exxel com o Fluminense, porém, está distante. As dívidas e os gastos do clube ainda deixam o investidor temeroso.

Agrados
A Malásia, que abrigará o próximo encontro da Acno, em 2002, começou a distribuir brindes aos membros do COI logo após o anúncio da decisão. Mesmo quem não estava acompanhado da mulher tinha direito a escolher uma jóia para levar para casa. No Rio, o COB deu US$ 100 a cada delegado, mais excursões pela cidade.

DIVIDIDA

Do técnico Abel Braga, sobre as críticas que vem recebendo, as primeiras desde que chegou ao Vasco:
- Não podem criar um bicho de sete cabeças só porque o time está sem vencer há dois jogos.

CONTRA-ATAQUE

Na medalinha

Quando dirigiu o Corinthians pela primeira vez, em 1993, o técnico Mário Sérgio, atualmente comentarista de TV, encontrou um grupo limitado tecnicamente. Resolveu então dar um perfil guerreiro à equipe, para que a aplicação tática compensasse a falta de talento.
Uma das primeira medidas que baixou foi obrigar todos os jogadores a usar caneleiras nos treinos coletivos -pois exigia que eles fossem disputados como uma partida oficial.
Nesse novo espírito, promoveu para o time titular um garoto de 16 anos que acabara de subir aos juniores, Zé Elias.
Por orientação do técnico, Zé Elias marcava com tal empenho que muitas vezes atingia adversários com violência.
O Corinthians passou a fazer cada vez mais faltas. Contra o Santos, chegou a cometer 30 infrações em 45 minutos.
Oficialmente, Mário Sérgio negava que estivesse pedindo violência aos jogadores.
Mas aos amigos confessava que ficava ""emocionado" cada vez que via Zé Elias levantar os adversário no ar.



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