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Arbitragem deixa rivais descontentes
DA REPORTAGEM LOCAL
A arbitragem de Sálvio Espíndola Fagundes Filho foi amplamente debatida ontem,
principalmente por dois lances:
a marcação do impedimento
passivo de Edmundo quando a
bola chegava a Florentín e o
choque entre Martinez e Dagoberto na área do Palmeiras.
Além disso, gerou discussão a
marcação intensa de faltas. Foram 21 cometidas pelo São Paulo e 15 pelo Palmeiras. "O problema é que eles nunca jogaram
bola. Não sabem que futebol
tem contato. Qualquer esbarrão vira falta, parece basquete",
comentou o goleiro Rogério.
Ao sair do estádio, Sálvio disse que respeita a opinião, mas
que segue as orientações da Comissão de Arbitragem da CBF.
"Nunca houve nenhuma manifestação contrária à maneira
como conduzo a partida. Ao
contrário, a comissão sempre
se mostrou favorável."
Sobre os lances específicos,
Caio Jr., do Palmeiras, mostrou
indignação com o impedimento do primeiro tempo.
"Fomos prejudicados. A regra é clara, como diz o Arnaldo
[César Coelho, ex-árbitro e comentarista]. O Edmundo não
participou da jogada. E, se vocês querem saber minha opinião, não foi pênalti no Dagoberto. Conheço ele bem e sei
que ele costuma cavar faltas."
Do lado do São Paulo, o zagueiro Alex Silva achou que foi
pênalti, mas o técnico Muricy
Ramalho adotou um discurso
apaziguador. "Não sou o tipo de
técnico que vem aqui falar de
arbitragem, a não ser que tenha
sido uma coisa absurda. O Sálvio estava em cima, e o auxiliar
também estava perto", disse.
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