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Magnano convoca duas seleções
Argentino chama para Sul-Americano e Mundial de basquete e rejeita comparação com Dunga
DANIEL BRITO
DE SÃO PAULO
Enfim uma convocação da
seleção brasileira para um
Mundial sem contestação. E
foi anunciada por um argentino. Mas essa é no basquete.
Rubén Magnano, 55, chamou 35 jogadores ontem para os campeonatos Sul-Americano, a ser disputado na
Colômbia, em julho, e Mundial, na Turquia, em agosto.
É a primeira vez que Magnano convoca os jogadores
brasileiros desde que assumiu o cargo, em janeiro, em
substituição ao espanhol
Moncho Monsalve.
O que tornou o anúncio do
argentino menos polêmico
que o de Dunga para a Copa
do Mundo da África foi o fato
de fazer uma convocação inflacionada. Os nomes foram
divididos em duas listas.
A primeira, com 24, é de jogadores que podem disputar
a competição continental. A
segunda, com nove, composta por atletas experientes,
que participaram do Mundial
do Japão-2006. O ala Jordan
Burger, 19, e o armador Raulzinho, 17, foram chamados
como convidados.
Haverá cortes, de acordo
com Magnano, mas a data
ainda não foi estipulada.
"Não sei por que vocês no
Brasil sempre comparam futebol com outros esportes",
contestou Magnano, torcedor do Belgrano, de Córdoba,
modesto time da segunda divisão do futebol argentino.
"Dunga fez as escolhas dele e está tranquilo. Eu fiz as
minhas após três meses de
observações e conversas,
agora quero tirar minhas próprias conclusões", explicou.
Assim como o treinador de
futebol, Magnano tem problemas para encontrar opções para a ala da seleção.
No gramado, existe a dúvida entre Maicon e Daniel Alves, na direita, e a insegurança entre Michel Bastos e Gilberto, na esquerda.
Na quadra, a questão é
quem conseguirá a vaga,
Marcelinho Machado ou Guilherme Giovannoni.
O primeiro é bicampeão
nacional, cestinha do NBB
(Novo Basquete Brasil) pelo
Flamengo e pode atuar como
ala-armador. Guilherme voltou a jogar no país neste ano
e ajudou o Brasília a chegar à
decisão do NBB contra o Flamengo. Frequentemente é
escalado para desempenhar
a função de ala-pivô.
A multifuncionalidade,
que deveria ser uma virtude,
gera problema para o treinador porque diminui as opções para mudar a tática do
time durante uma partida.
"Vim para o Brasil sabendo que havia essa carência
nas alas", admitiu Magnano.
"Isso é um problema na base,
porque os jogadores mais altos são empurrados para jogar dentro do garrafão."
Como terá de levar 12 jogadores para a Turquia, Magnano terá de puxar três atletas
que vão participar do Sul-
-Americano da Colômbia.
Uma das opções é Marquinhos, ex-New Orleans Hornets, que deixou a seleção no
Pré-Olímpico de 2007 reclamando da falta de comando
do técnico Lula Ferreira.
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