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São Paulo, segunda-feira, 28 de julho de 2003

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PAINEL FC

Agora é para valer
Márcio Braga será candidato à sucessão de Hélio Ferraz no Flamengo. Ao liderar movimento de oposição a Ricardo Teixeira, o ex-presidente sabia que não teria chance na CBF -queria se cacifar para a eleição do clube.

Adeus?
Eduardo José Farah voltou a falar em deixar a FPF -já em agosto. Disse ao "Futebol Paulista e Você", programa oficial da federação, que "já fez o que deveria" pelo futebol e que teria perdido muito com a adoção do Brasileiro de turno e returno.

Replay
Não seria novidade se Farah voltasse atrás. Foi o que ele fez em 2002, quando foi reeleito depois de dizer que não tentaria novo mandato. Aconteceu também em 2001, na época das CPIs -licenciou-se e, depois, voltou. Em 2000, quando a Folha revelou o caso Piekarski, o dirigente também cogitou se aposentar. Em 1993, ao completar cinco anos à frente da FPF, ele ameaçou deixar a presidência depois de ser acusado de enriquecimento ilícito pela "Veja SP".

Gracias
Para não se indispor com Ricardo Teixeira, o Santos não aceitou o convite para disputar o torneio Ramón de Carranza. Temia enfrentar o presidente da CBF, aliado de quem espera apoio para assegurar vaga na Taça Libertadores-2004.

Dupla jornada
Eduardo Negrão está licenciado do seu cargo na FBA para cuidar da sua candidatura à Prefeitura de Palmital (SP). O diretor-executivo da entidade que representa 20 times da Série B disse que estará de volta ao batente na na fase final do torneio.

Delay
Passou-se um ano e meio da saída de Wanderley Luxemburgo do Corinthians, e agora Alberto Dualib admite: "Ele é bom, apesar dos problemas que tem fora de campo".

No lixo
O presidente da Odepa, Mario Vazquez Raña, admitiu que a entidade burlou o próprio regulamento para viabilizar os Jogos de Santo Domingo. Deixou que os testes antidoping fossem feitos fora do país e abriu mão de 10% sobre o preço dos ingressos para que os dominicanos distribuam parte deles gratuitamente a fim de lotar as arquibancadas.

Antigo Testamento
Ao ser indagado se não seria hora de refazer o regulamento, já que o atual foi ""rasgado", o mexicano disse que não. Disse que "todos são humanos e passíveis de erro".

Só para os pobres
Já que o comitê dominicano avisou que não tinha como bancar ar-condicionado para todas as delegações, a Odepa vai arcar com as despesas. Mas não com as de Brasil, EUA e Canadá, que já haviam providenciado aparelhos por conta própria antes.

Regime forçado
Os atletas do Pan correm o risco de ficar com fome. É que a Alisal, companhia de alimentos industriais que deveria garantir 285 mil refeições na Vila durante os 17 dias de Jogos, não sabe mais se poderá fazê-lo. Diz agora ter capacidade apenas para 200 mil refeições. A organização corre para arranjar fornecedores para as restantes.

Vitória brasileira
O relatório das visitas de inspeção do COB a Santo Domingo foi elogiado e serviu como base para a avaliação da Odepa. O dos americanos e o dos mexicanos, mais incompletos, acabaram sendo deixados de lado.

Para baixo
O Copan, comitê organizador dos Jogos, reduziu pela segunda vez a previsão sobre o número de pessoas que irão assistir pela TV à cerimônia de abertura na próxima sexta. No início, acreditava que seriam 500 milhões de pessoas, depois, 400 milhões, e, agora, 350 milhões.

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

De Mario Vazquez Raña, presidente da Odepa, sobre Santo Domingo-2003:
- Se eu não tivesse pressionado, as instalações ficariam prontas em maio de 2004.

CONTRA-ATAQUE

Antiimperialismo

Um dos trunfos do Rio para bater San Antonio na disputa pelo Pan de 2007 foram os países da América Central e do Caribe.
A candidatura da cidade texana contava com o apoio do governo George W. Bush, mas teve pouco envolvimento do seu comitê olímpico. Já a Prefeitura do Rio trabalhou em conjunto com o COB e fez forte lobby perante os caribenhos.
Aproveitou-se do fato de a região se sentir relegada pelos EUA e lhe fez uma promessa. Se ganhasse a eleição, Caribe e América Central receberiam gratuitamente o sinal dos Jogos.
Eles se convenceram e deram a vitória ao Rio. E os EUA viraram alvo de gozação. Na América Central e no Caribe, a rede norte-americana de TV NBC passou a ser chamada Never Broadcast the Caribbean (Nunca Televisiona os Caribenhos).


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