São Paulo, segunda-feira, 28 de julho de 2008

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Festival de Kléber Pereira alivia Cuca

Atacante marca três vezes, comanda triunfo sobre o Vasco, mantém cargo do técnico e tira clube da incômoda lanterna

Santos 5
Vasco 2

RODRIGO MATTOS
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

Quando atingiu a última posição na tabela, o Santos renasceu, goleou o Vasco e avançou duas posições no Brasileiro.
O renascimento -insuficiente para fugir da zona de rebaixamento- tem relação direta com a recuperação de seu principal atacante, Kléber Pereira.
Ao fazer três gols ontem, todos de pênalti, ele atingiu dez no Nacional. E se tornou o artilheiro do torneio, ao lado de Alex Mineiro (Palmeiras).
Desde o jogo contra o Botafogo, quando estava no banco de reservas, Pereira marcou sete gols em cinco jogos, com uma média de 1,4 por partida. Antes, estava em jejum por oito jogos.
No mesmo período, o Santos ganhou sete pontos. É um aproveitamento de 46,7%, similar ao de times que estão na zona intermediária da tabela. Até ali, tinha só 23,3% de rendimento.
"O importante é que tudo deu certo e que dá para pensar em coisas melhores no torneio", afirmou o artilheiro.
Contra o Vasco, Kléber Pereira teve grande contribuição da defesa rival, que cometeu falhas seguidas e foi capaz de proporcionar três penalidades ao atacante. Ele converteu todas.
Só trocou de canto na terceira penalidade, quando bateu à esquerda. Seus gols saíram aos 33min, aos 41min e aos 49min.
Todos os pênaltis foram sofridos pelo atacante Maikon, que conseguiu até a expulsão do goleiro rival, Thiago. Numa jogada rápida, o santista ganhou a bola após passe errado. Atrasado, Thiago cometeu o terceiro pênalti e, por já ter cartão amarelo, foi expulso.
Foi o final perfeito para a etapa inicial santista, iniciada com gol de Molina, aos 18min. O colombiano tocou na saída do goleiro após passe de Michael.
O único aspecto negativo foi falha da defesa em cobrança de escanteio, que resultou no gol do atacante Leandro Amaral para o Vasco, aos 38min.
Apesar de o domínio santista no primeiro tempo não justificar o placar tão elástico, o time da casa foi eficiente no ataque. Maikon, aberto pela direita, e Molina, mais centralizado, foram perigosos o tempo inteiro -contando com o apoio dos laterais Apodi e Michael.
A defesa esteve mais segura, embora ainda tenha dado espaços principalmente nas bolas altas e no lado esquerdo.
Mais importante, os jogadores tentaram mostrar postura diferente de outros jogos. Ao final da primeira etapa, reuniram-se abraçados em uma roda no círculo central do campo.
Só que a vantagem no placar e em número de atletas anestesiou o Santos após o intervalo. Em vez de pressionar, o time preferiu tocar a bola de lado.
O Santos ainda viu o Vasco descontar o placar. Em cobrança de falta, Mádson marcou após desvio na barreira. Após o gol, o Santos passou a jogar mais rápido. Mais uma vez, Maikon fez boa jogada pela direita e dividiu com o goleiro. A bola sobrou para Molina completar o placar aos 44min.
Foi o suficiente para a torcida, que antes via os vascaínos gritarem "segunda divisão", passar a incentivar com um "olé". A promoção da diretoria do Santos levou mais de 10 mil torcedores à Vila Belmiro.
Assistiram à terceira vitória do clube no Brasileiro -é o time que menos venceu, juntamente com Ipatinga e Fluminense. Foi o bastante para levar a equipe à 18ª posição na tabela. Agora, o Santos pega o Internacional, no Beira-Rio, na quarta.


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