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Gobbi diz que quem não tem o poder "deve ficar quieto"
DE SÃO PAULO
Mário Gobbi, 48, diretor de
futebol do Corinthians, apareceu ontem no Parque São
Jorge para mostrar que manda, que manda muito.
Apresentou oficialmente
Adilson Batista como novo
técnico do time e soltou várias declarações polêmicas.
A mais forte delas ao afirmar que o goleiro paraguaio
Aldo Bobadilla não havia sido contratado pelo presidente do clube, Andres Sanchez,
como um repórter sugeriu
durante a entrevista coletiva.
"Aqui, no Corinthians, dirigente não contrata jogador.
Desde outubro de 2007 não é
mais assim aqui. Só se depois, quando esta diretoria
sair, voltar a ser a casa da
mãe Joana...", começou.
E emendou: "Andres não
foi para a África tratar disso.
Fui eu que contratei o Bobadilla, e o Andres só ficou sabendo dez dias depois".
Bobadilla, 34, afirmou, ao
ser apresentado pelo Corinthians, há duas semanas, ter
sido procurado pelo presidente do clube durante a Copa do Mundo -o cartola estava na África do Sul como chefe da delegação da seleção
brasileira, e o goleiro foi reserva da seleção paraguaia.
O presidente corintiano
não foi encontrado para comentar as declarações dadas
pelo diretor de futebol.
Gobbi também afirmou
ontem que Adilson Batista
foi contratado porque "era
unanimidade" no clube.
"Unanimidade entre aqueles que têm o poder e o dever
no Corinthians. Quem não
tem o poder e o dever deve
ficar quieto", declarou ele.
O dirigente também deu
sugestões aos jornalistas que
estiveram presentes à apresentação do novo treinador.
"As fontes de vocês estão viciadas e envelhecidas."
Disse ainda que a ação trabalhista que Adilson Batista
move contra o clube "não foi
discutida" e cobriu de elogios seu novo contratado.
"O Corinthians já cedeu
três técnicos à seleção brasileira [Vanderlei Luxemburgo, Carlos Alberto Parreira e
agora Mano Menezes]. Adilson vai ser o quarto, porque o
Corinthians é uma escola, é o
maior clube do Brasil."
(MF)
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