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JUCA KFOURI
A prova da mentira
Enquanto a CBF ameaça
processar quem vincular seu
nome ao da SBTR Passagens
e Turismo Ltda, dizendo que
tal agência apenas foi responsável pelo transporte da
seleção brasileira para a
França, eis que chega às
mãos da coluna uma carta
em papel timbrado da entidade, em francês, destinada
ao senhor Fernando Sastre,
falecido presidente do Comitê Organizador da Copa do
Mundo de 1998, com data de
17 de setembro de 1997 e assinada, repito, assinada por
Ricardo Terra Teixeira.
Seu texto é o que segue:
"Permita-nos reiterar que
a SBTR Passagens e Turismo
Ltda é a agência de viagem
oficial da CBF para a Copa
do Mundo da França 98.
Essa agência é encarregada
do transporte e suporte logístico da delegação brasileira,
assim como pela distribuição
dos bilhetes de entrada que
nos serão reservados pela Fifa e pela Federação Francesa
de Futebol para os jogos do
Brasil."
Seguem-se as despedidas de
praxe. Foi com base nesta
carta que as três agências de
turismo brasileiras, uma do
Rio de Janeiro, a Imperial, e
duas de São Paulo, a Setmar
e a Oremar, se fiaram para
vender seus pacotes.
Ou seja, as três são tão vítimas como seus clientes, porque só havia duas maneiras
de adquirir ingressos para os
jogos da Copa: pela Stella
Barros, agência oficial do Comitê Organizador francês, ou
pela SBTR, agência, está mais
que provado agora, oficial,
da CBF.
Na primeira chance que
houver, o banco Excel venderá o extraordinário zagueiro
Gamarra, que joga pelo Corinthians, mas não pertence
ao clube.
Dizem que pior que jamais
ter comido uma lagosta é ser
privado de comê-la depois de
provar seu gosto, situação
que o corintiano passou a viver desde que o banco entrou
em sua vida.
Na verdade, tudo foi feito
errado do começo ao fim e
não é de se admirar que não
só o Corinthians tenha se dado mal na parceria.
Roberto Carlos que se cuide, porque não só Felipe, do
Vasco, mas também Serginho, do São Paulo, vão se habilitando a tomar seu lugar
na seleção. Ainda mais porque nenhum dos dois faz
diagnósticos médicos.
A comissão técnica da CBF
foi dissolvida. "Mas comissão técnica não é sorvete!", se
espantaria João Saldanha.
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