São Paulo, sábado, 28 de setembro de 2002 |
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AUTOMOBILISMO Equipe diz que não dará ordens nos 2 últimos GPs do Mundial Nos EUA, Ferrari permite disputa entre seus pilotos
FÁBIO SEIXAS ENVIADO ESPECIAL A INDIANÁPOLIS Quatro meses e meio após a marmelada do GP da Áustria, a Ferrari, enfim, permitirá disputa franca entre seus dois pilotos. Neste fim de semana, nos EUA, nem Michael Schumacher nem Rubens Barrichello terão privilégios. A razão é clara: a duas etapas do fim do Mundial, a equipe atingiu quase todos os seus objetivos. O último que falta, o vice-campeonato de Barrichello, virá amanhã mesmo com um quarto lugar do brasileiro. Ou seja, não há mais motivo para ordens dos boxes. "Mesmo se eu vencer a corrida, Rubens pode ser o segundo e ficar com o vice. Então, poderemos lutar abertamente nessas duas últimas corridas [GPs dos EUA e do Japão". Não via a hora de isso acontecer", disse Schumacher. Barrichello também falou em vitória: "Não estou pensando muito na batalha pelo vice. Gosto de vir para os EUA, quero vencer neste circuito e só. Ponto final". Ontem, no primeiro round dessa nova fase de disputa, Schumacher marcou o melhor tempo nos treinos livres, 1min13s548, enquanto o colega não andou. Quando ia abrir sua primeira volta rápida, Barrichello perdeu o controle da Ferrari e bateu com força na curva 13 do circuito misto -a famosa curva 1 do oval. O brasileiro nada sofreu. Mas, com o carro destruído, ficou impossibilitado de voltar à pista. "Ainda estamos investigando o que aconteceu, mas parece que o pneu traseiro esquerdo perdeu pressão de uma hora para outra. Ia abrir a volta, estava a 300 km/h, e só pude fechar os olhos", disse. Desde que a F-1 voltou a Indianápolis, em 2000, essa foi a primeira batida no muro do oval. "Não quero ser lembrado por isso. E também não quero mais lembrar da batida", completou. O segundo round acontece hoje, às 15h (de Brasília), na definição do grid de largada. A corrida será amanhã, no mesmo horário. A permissão para que os pilotos disputem posições na pista é uma exceção na Ferrari. Neste ano, pelo menos três vezes a cúpula da equipe influiu nos resultados. O caso mais escandaloso foi na Áustria, em maio, quando Barrichello teve que ceder a vitória ao companheiro a 10 metros da linha de chegada. Na ocasião, a Ferrari argumentou que a prioridade era dar o título ao alemão. Schumacher retribuiu o favor no GP da Europa. E, na Hungria, aliviou o ritmo, permitindo mais uma vitória do brasileiro. A escuderia, então, estava trabalhando para que Barrichello fosse o vice. NA TV - Treino oficial para o GP dos EUA, ao vivo, às 15h, na Globo Texto Anterior: O que ver na Folha Online Próximo Texto: Pizzonia está perto de acerto com a Jaguar Índice |
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