|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Sem Luis Fabiano, atacantes são responsáveis por só 19% dos gols do time
Inofensivo, São Paulo tenta inspirar seus coadjuvantes
EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL
Emerson Leão diz que seu time
não tem atacantes que fazem diferença. Ele tem razão. O São Paulo
que entra em campo hoje, às
20h30, contra o Paysandu, pelo
Brasileiro, no Morumbi, tem apenas 19,6% de seus gols feitos pelos
homens de frente.
Grafite, Diego Tardelli, Jean e
Rondón contribuíram com só 18
dos 92 gols são-paulinos nos 57
jogos da equipe em 2004.
Todos eles juntos não conseguem superar Luis Fabiano, ainda
artilheiro da equipe na temporada, com 21 gols em 30 jogos. O
atacante, vendido para o Porto,
fez 23% dos gols são-paulinos.
Quem está mais próximo de
Luis Fabiano é Grafite, titular do
time na maior parte da temporada. Mesmo assim, ele se notabiliza
mais pela indisciplina -é quem
mais recebeu cartões no torneio
(12)- do que pela artilharia.
Em 48 jogos, o atacante, que assumiu a camisa 9, balançou as redes 14 vezes e prometeu ser o
substituto do ex-companheiro.
Mas foi desencorajado pelo próprio técnico. "O Grafite não tem
essa característica [de matador]",
afirmou Leão, que, sem opções,
aposta em Diego Tardelli para assumir o papel de goleador.
Ele, no entanto, vive crise de
gols ainda maior que a do companheiro. Neste ano, balançou as redes só três vezes.
Reservadamente, conselheiros
do clube alegam que ele está fazendo "corpo mole" para tentar
um aumento salarial. Atualmente, Tardelli, que tem contrato até
2007 com o clube, recebe R$
6.000,00 mensais.
A diretoria, entretanto, afirma
que, se detectar "má vontade" do
atleta, pode afastá-lo.
Os outros dois atacantes do time, Jean e Rondón, que jamais
conseguiram se firmar como titulares têm desempenho ainda pior
que o de Tardelli.
Jean, que já participou de 33 jogos do São Paulo no ano, marcou
apenas uma vez.
O venezuelano, por sua vez,
nem balançou as redes em dez
participações. Mas tem a simpatia
do vice de futebol, Juvenal Juvêncio. "Ele é bom. Se pudesse, contrataria mais um cinco desses."
Isso certamente não agradaria
ao técnico Leão, que pediu um goleador, mas não foi atendido. Sem
eles, o lateral Cicinho e o meia Danilo, com cinco gols cada, são artilheiros do time no Brasileiro, ao
lado de Luis Fabiano. "Isso é muito pouco para o São Paulo. Temos
de chutar mais ao gol e termos
mais confiança", afirma Leão.
Texto Anterior: Futebol: Palmeiras se preocupa com o jogo aéreo Próximo Texto: Leão diz ainda acreditar no título Índice
|