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Oponentes intensificam jogo político
DO PAINEL FC
Enquanto o relatório final da
CPI do Futebol começa a ser impresso na gráfica do Senado, o jogo político se intensifica nos corredores do Congresso.
Ontem, o grupo liderado por
Álvaro Dias (PDT-PR), presidente da CPI, e Geraldo Althoff (PFL-SC), relator, ganhou o apoio formal de deputados da extinta CPI
da CBF/Nike.
O deputado Pedro Celso (PT-DF) liderou na Câmara um ato
público em favor do relatório de
Althoff, que vai pedir ao Ministério Público o indiciamento de 14
dirigentes, entre eles Ricardo Teixeira, presidente da CBF, Eurico
Miranda, presidente do Vasco, e
Eduardo José Farah, presidente
da Federação Paulista.
O grupo contrário ao texto de
Althoff passou o dia em torno da
definição de sua estratégia para
tentar barrar o texto.
O próprio Teixeira estaria em
Brasília e teria liderado pessoalmente as reuniões ontem.
Em comum, os dois grupos têm
apenas o discurso otimista.
"Não tenho dúvidas de que vamos aprovar o nosso relatório da
moralização", disse Dias.
"Se a votação fosse hoje [ontem", ganharíamos", afirmou Gilvam Borges (PMDB-AP), contrário ao texto de Althoff.
A CPI do Futebol é composta
por 13 senadores, de acordo com
a representatividade de cada bancada no Senado. PFL e PMDB são
os partidos com maior número
de membros na comissão e, ao
que tudo indica, vão definir a votação do relatório.
Os dois partidos mantêm relações históricas com a CBF, que
ajudou a financiar as campanhas
de 18 políticos nas eleições de
1998, entre elas a do líder do PFL
no Senado, José Agripino Maia,
do Rio Grande do Norte.
A previsão de Dias é distribuir o
relatório para os integrantes da
comissão amanhã.
Dentro desse cronograma, as
discussões teriam início na próxima terça-feira, e a votação ocorreria na quinta-feira.
Em seguida, o texto seria enviado ao Ministério Público, que pode levar adiante as investigações
e, eventualmente, propor ações
contra possíveis acusados.
(JAB)
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