São Paulo, segunda-feira, 28 de novembro de 2005

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Equipe que sonhou em ser a campeã mais precoce da história do Brasileiro faz 3 a 1 de virada na Ponte Preta, mas com vitória do Inter sobre o Palmeiras vê decisão adiada para domingo

Sem nocaute, Corinthians tem de lutar último round

DA REPORTAGEM LOCAL

Há exatos 30 dias, o Brasileiro iniciava sua 35ª rodada e o Corinthians começava a jogar com a matemática na cabeça. A partir daquele momento, dependendo de uma combinação de resultados, poderia garantir a taça no dia 6, diante do Santos, com inéditas cinco rodadas de antecedência.
Passou um mês. O time venceu partidas, mas tropeçou, viu escapar a chance de resolver o título sem depender dos outros, sofreu revezes. O último deles, ontem.
Com a vitória por 2 a 1 do Internacional sobre o Palmeiras, no Beira-Rio, os quase 65 mil torcedores corintianos que lotaram o Morumbi viram mais uma vez adiado o grito de "é campeão".
Grito que, sem respaldo dos números da tabela, foi entoado com força ontem antes do duelo do Corinthians com a Ponte Preta.
Que silenciou quando o clube campineiro abriu 1 a 0. Que voltou com entusiasmo quando o time do ídolo Tevez virou e chegou ao 3 a 1 enquanto no Sul, a 1.100 km dali e por três minutos, o placar exibia 1 a 1. Mas que novamente calou, quando Rentería desempatou e selou a vitória gaúcha.
Agora a precocidade corintiana foi transformada em ultimato. Resta apenas a 42ª e última rodada, domingo que vem, para o elenco milionário que foi montado pela MSI conquistar o quarto título do Nacional para o clube.
Os dois rivais atuarão fora de casa, mas contra adversários que vivem momentos bem distintos na temporada. Em Goiânia, o Corinthians enfrentará o Goiás, que ontem empatou com o Flamengo e garantiu o terceiro lugar no campeonato. Já o Inter viajará para pegar o Coritiba. Ontem o clube paranaense ficou em 1 a 1 com o São Caetano, resultado que o manteve na zona de descenso.
Resta apenas uma vaga para a Série B. Porque se a penúltima rodada não provocou sorrisos corintianos pela conquista do título, no outro extremo da tabela causou o choro de três rebaixados.
Paysandu e Brasiliense perderam seus jogos e caíram para a segunda divisão, mesmo destino do Atlético-MG. O clube que venceu o primeiro Brasileiro, em 71, empatou com o Vasco no Mineirão, selando uma traumática queda.
Agora a matemática é simples, tanto para a glória como para o ocaso. E o tempo é escasso. Do próximo domingo não passa.

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