EDUARDO ARRUDA
KLEBER TOMAZ
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Em sua sétima virada no Brasileiro, o Corinthians acordou e ficou ainda mais perto de conquistar seu quarto título no torneio. Chegou a 81 pontos e depende de apenas um empate contra o Goiás, no próximo domingo, para ficar com a taça.
O time que mais virou jogos na competição -e que cambaleara nas duas rodadas anteriores, contra São Caetano e Inter-, ontem engrenou de novo ao bater a Ponte Preta por 3 a 1 nos minutos finais no Morumbi.
"Infelizmente não demos essa alegria de conquistar o título à torcida hoje. Mostramos, que mesmo não estando em um dia muito inspirado, se tocarmos a bola com inteligência conseguiremos o resultado. Fizemos a nossa parte", afirmou o goleiro Fábio Costa, que não fez nem uma defesa sequer na partida.
Após um péssimo primeiro tempo, os corintianos conseguiram superar até um pênalti perdido por seu maior astro, Carlitos Tevez, quando o placar apontava 1 a 1 no segundo tempo.
Depois de sair perdendo, o time empatou ainda no tempo inicial. Na etapa final, Coelho virou de falta e Carlos Alberto ampliou. Os corintianos comemoraram como se fosse o gol do título. Só não sabiam que, àquela altura, o Internacional marcava 2 a 1 contra o Palmeiras também nos minutos finais de seu jogo.
"Nós sofremos um pouco, o time está cansado. São muitos jogos, mas a equipe foi bem. Agora precisamos nos concentrar para o jogo final", falou o iraniano Kia Joorabchian, presidente da MSI, que acompanhou a partida das tribunas do Morumbi.
O Corinthians demonstrou tensão. O esquema ofensivo armado por Antônio Lopes, que escalou um só volante e três meias, esbarrava no esquema de forte marcação do rival, que jogava apenas com um à frente, Izaías.
O time de Campinas, nos contragolpes, era perigoso. A referência era o meia Elson. E foi dele que partiu o cruzamento, em uma falta, para o gol contra de cabeça de Gustavo Nery, que dividiu com Éverton na área, aos 17min. O árbitro, entretanto, deu o gol para o jogador ponte-pretano.
Os corintianos se irritavam por qualquer motivo em campo. Mesmo desorganizado, o time tentava pressionar o adversário. Marcelo Mattos por pouco não empatou.
À essa altura, o Corinthians jogava melhor. E, após confusão na área da Ponte, Gustavo Nery acertou belo chute no ângulo para empatar, aos 40min. "Um contra e um a favor. O contra a bola resvalou e o a favor peguei na marca do pênalti e ela entrou. Um belo gol", afirmou o lateral.
Os corintianos voltaram com um futebol mais consistente na etapa final. O problema é que tinha dificuldade para finalizar -dos 20 arremates na partida, apenas 7 foram ao gol.
Lopes, então, tirou o meia Élton e colocou o atacante Jô. O lateral Eduardo também saiu para a entrada de Coelho.
O Corinthians teve a chance de virar o placar aos 20min, quando André Silva derrubou Carlos Alberto na área. Na cobrança, Tevez chutou muito mal, por cima do gol. O time foi tomado pelo nervosismo. Atacava desordenadamente e facilitava para o rival.
A pressão corintiana, no entanto, deu resultado no final. Aos 43min, Coelho, em bela cobrança de falta, fez 2 a 1.
O lateral correu, tirou a camisa, foi abraçado pelos colegas. Nas arquibancadas, o grito de campeão tomou conta do estádio e aumentou pouco depois.
Carlos Alberto, da entrada da área, acertou chute no ângulo de Lauro e ampliou. A torcida gritava de forma eufórica quando o placar anunciou a vitória do Inter. A frustração não evitou que o coro de campeão continuasse.

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