São Paulo, segunda-feira, 28 de novembro de 2005

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FUTEBOL

Time paulista, que poderia ter dado o título a arqui-rival se vencesse o Inter, decide em casa vaga na Libertadores

Inter e Palmeiras mantêm sonhos vivos

DA REPORTAGEM LOCAL

O dilema que todo torcedor palmeirense viveu durante a semana acabou resolvido talvez da maneira mais cômoda possível.
A derrota para Internacional por 2 a 1, ontem no Beira-Rio, evitou que o arqui-rival Corinthians comemorasse o título antecipado do Brasileiro e, de quebra graças a um resultado ocorrido bem longe de Porto Alegre, não obrigou o Palmeiras a se despedir do sonho de voltar à Libertadores.
O time do Parque Antarctica ainda está fora da zona de classificação para o principal torneio do continente, mas segue dependendo apenas de seu próprio desempenho para repetir o feito de 2004 e se classificar à fase prévia da Libertadores. Isso tudo graças ao triunfo de virada do Juventude sobre o Fluminense (2 a 1) em Volta Redonda. Com esse resultado, a diferença entre o clube paulista e o carioca se manteve em um ponto (68 a 67). Na última rodada, os dois se enfrentam no Parque Antarctica pela vaga.
Se para o Palmeiras o tropeço não foi tão catastrófico como poderia ser, para o Inter o 2 a 1 conquistado aos 42min do segundo tempo significou manter acesa a esperança de ficar com o título nacional após 26 anos de jejum.
Após o gol marcado pelo colombiano Rentería, a torcida do Inter saudou seus jogadores como heróis, sob gritos de "é campeão, é campeão", como se os números da tabela de classificação estivessem invertidos com os do líder Corinthians.
Para materializar a saudação de seus torcedores ao fim do duelo de ontem, a equipe gaúcha precisará vencer seu confronto contra o Coritiba, em Curitiba, que jogará sua permanência na Série A, e torcer por uma vitória do Goiás sobre o Corinthians.
E, se não bastassem essas combinações, ainda terá de superar uma diferença de cinco gols de saldo favorável ao time paulista.
Para chegar à rodada final do Brasileiro com chances de tirar o título do Corinthians, o Inter resolveu atuar ofensivamente.
O técnico Muricy Ramalho escalou sua equipe num 4-4-2 -que, quando o time recuperava a posse de bola, se transformava num 3-4-3, com a subida dos alas Élder Granja, pela direita, e Jorge Wagner, pela esquerda. Eles tentavam municiar Fernandão, Iarley e Rafael Sobis no ataque.
Já no Palmeiras, Emerson Leão optou por manter Diego Souza na meia-esquerda e adiantar uma vez mais Marcinho como parceiro de Washington no ataque.
A estratégia gaúcha fez o Inter pressionar. Porém, o primeiro gol só saiu num lance que suscitou reclamações dos palmeirenses.
Aos 24min, numa bola alçada na área, Gamarra subiu para dividir uma bola de cabeça com Rafael Sobis, mas se apoiou no atacante e o árbitro Evandro Rogério Roman, cuja escalação para o jogo havia sido questionada pelo treinador palmeirense, marcou o pênalti. Aos 25min, Jorge Wagner bateu e converteu: 1 a 0.
Seis minutos depois, os palmeirenses mais uma vez se meteram em confusão com o juiz. Numa falta sofrida por Marcinho próximo à área do Inter -e assinalada por Roman-, os paulistas pediam amarelo. Leão, exaltado, acabou excluído da partida pois teria xingado o árbitro.
Na cobrança da infração, feita por Juninho, veio o empate. O gol foi comemorado pelos palmeirenses no Beira-Rio e pelos corintianos no Morumbi.
No segundo tempo, o Inter voltou a exercer pressão sobre o rival, mas só começou a de fato furar a barreira palmeirense, que se armava para contra-atacar, quando Muricy colocou Rentería em campo. Aos 42min, ele arrancou pelo meio, costurou uma tabela de primeira com dois companheiros e arrematou para fazer o segundo gol gaúcho, que adiou a decisão do Nacional.

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