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FUTEBOL
Time paulista, que poderia ter dado o título a arqui-rival se vencesse o Inter, decide em casa vaga na Libertadores
Inter e Palmeiras mantêm sonhos vivos
DA REPORTAGEM LOCAL
O dilema que todo torcedor palmeirense viveu durante a semana
acabou resolvido talvez da maneira mais cômoda possível.
A derrota para Internacional
por 2 a 1, ontem no Beira-Rio, evitou que o arqui-rival Corinthians
comemorasse o título antecipado
do Brasileiro e, de quebra graças a
um resultado ocorrido bem longe
de Porto Alegre, não obrigou o
Palmeiras a se despedir do sonho
de voltar à Libertadores.
O time do Parque Antarctica
ainda está fora da zona de classificação para o principal torneio do
continente, mas segue dependendo apenas de seu próprio desempenho para repetir o feito de 2004
e se classificar à fase prévia da Libertadores. Isso tudo graças ao
triunfo de virada do Juventude
sobre o Fluminense (2 a 1) em
Volta Redonda. Com esse resultado, a diferença entre o clube paulista e o carioca se manteve em um
ponto (68 a 67). Na última rodada, os dois se enfrentam no Parque Antarctica pela vaga.
Se para o Palmeiras o tropeço
não foi tão catastrófico como poderia ser, para o Inter o 2 a 1 conquistado aos 42min do segundo
tempo significou manter acesa a
esperança de ficar com o título
nacional após 26 anos de jejum.
Após o gol marcado pelo colombiano Rentería, a torcida do
Inter saudou seus jogadores como heróis, sob gritos de "é campeão, é campeão", como se os números da tabela de classificação
estivessem invertidos com os do
líder Corinthians.
Para materializar a saudação de
seus torcedores ao fim do duelo
de ontem, a equipe gaúcha precisará vencer seu confronto contra
o Coritiba, em Curitiba, que jogará sua permanência na Série A, e
torcer por uma vitória do Goiás
sobre o Corinthians.
E, se não bastassem essas combinações, ainda terá de superar
uma diferença de cinco gols de
saldo favorável ao time paulista.
Para chegar à rodada final do
Brasileiro com chances de tirar o
título do Corinthians, o Inter resolveu atuar ofensivamente.
O técnico Muricy Ramalho escalou sua equipe num 4-4-2
-que, quando o time recuperava
a posse de bola, se transformava
num 3-4-3, com a subida dos alas
Élder Granja, pela direita, e Jorge
Wagner, pela esquerda. Eles tentavam municiar Fernandão, Iarley e Rafael Sobis no ataque.
Já no Palmeiras, Emerson Leão
optou por manter Diego Souza na
meia-esquerda e adiantar uma
vez mais Marcinho como parceiro de Washington no ataque.
A estratégia gaúcha fez o Inter
pressionar. Porém, o primeiro gol
só saiu num lance que suscitou reclamações dos palmeirenses.
Aos 24min, numa bola alçada
na área, Gamarra subiu para dividir uma bola de cabeça com Rafael Sobis, mas se apoiou no atacante e o árbitro Evandro Rogério
Roman, cuja escalação para o jogo havia sido questionada pelo
treinador palmeirense, marcou o
pênalti. Aos 25min, Jorge Wagner
bateu e converteu: 1 a 0.
Seis minutos depois, os palmeirenses mais uma vez se meteram
em confusão com o juiz. Numa
falta sofrida por Marcinho próximo à área do Inter -e assinalada
por Roman-, os paulistas pediam amarelo. Leão, exaltado,
acabou excluído da partida pois
teria xingado o árbitro.
Na cobrança da infração, feita
por Juninho, veio o empate. O gol
foi comemorado pelos palmeirenses no Beira-Rio e pelos corintianos no Morumbi.
No segundo tempo, o Inter voltou a exercer pressão sobre o rival,
mas só começou a de fato furar a
barreira palmeirense, que se armava para contra-atacar, quando
Muricy colocou Rentería em
campo. Aos 42min, ele arrancou
pelo meio, costurou uma tabela
de primeira com dois companheiros e arrematou para fazer o segundo gol gaúcho, que adiou a decisão do Nacional.
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