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FUTEBOL
Após levar quatro gols do Palmeiras, Rogério, lembrado por sua época no Corinthians, considera se aposentar
Goleada faz revigorar "xodó"
Edmundo
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
As atenções estavam voltadas
para o 1 e para o 7. O primeiro, um
velho ídolo do arqui-rival que pela primeira vez pisava no gramado do Parque Antarctica, o segundo, o grande responsável pela recente febre alviverde nas arquibancadas do estádio.
Com um segundo tempo em
que Edmundo finalmente conseguiu convencer Emerson Leão a
deixá-lo em campo até o final,
com um futebol que ainda não
havia mostrado na sua volta, o
Palmeiras aplicou sua primeira
goleada na temporada: 4 a 0 sobre
a Portuguesa Santista e mais folga
do que nunca na ponta do Campeonato Paulista.
No fim, Edmundo, o xodó da
casa, saiu com a satisfação de ter
feito um gol e ter participado de
outros dois. Ao "inimigo" e sempre lembrado como goleiro do
Corinthians, Ronaldo, restou
amargar, além dos apupos por
parte dos torcedores, a tarefa ingrata de buscar a bola quatro vezes no fundo de suas redes -a última delas particularmente dolorosa, após uma falha ao tentar a
defesa, o que tornou aquele o gol
mais comemorado pela torcida.
"Ficamos satisfeitos porque tivemos um bom toque de bola.
Mais cedo ou mais tarde a gente ia
melhorar", celebrou Edmundo.
Se para o ídolo palmeirense a
goleada foi revigorante, para o goleiro Ronaldo foi um marco para
pensar em aposentadoria. "No final me deixei levar [pelos xingamentos da torcida] e acabei tomando um gol que não costumo
tomar. Hoje vou ter uma conversa
com a minha esposa. Chega uma
hora que a gente tem que ver o
que vai fazer."
O Palmeiras começou a partida
com forte pressão sobre o adversário. Em menos de três minutos
o time da casa já havia conquistado quatro escanteios.
Pela direita, Paulo Baier tentava
puxar a marcação para o meio ao
entrar em diagonal na área. O espaço que ele abria era preenchido
por Ricardinho, embora o meia
seja canhoto, e também por Correa quando subia ao ataque.
A Santista acuada atrás, tentava
encaixar contragolpes. Com essa
estratégia, a Portuguesa até que
teve duas boas chances de abrir o
placar, mas fracassou e viu o Palmeiras transformar a pressão em
vantagem, aos 33min.
Paulo Baier avançou pela direita
e ajeitou a bola para Ricardinho,
que estava a seu lado. O meia arriscou de fora da área e acertou no
canto esquerdo alto do gol.
No segundo tempo, o Palmeiras
matou quaisquer chances de reação do rival. Aos 16min, Edmundo fez de cabeça, após bate-rebate
na área. Dois minutos depois, o
camisa 7 palmeirense serviu Marcinho, que ampliou. Aos 28min,
foi a vez de Ricardinho receber assistência de Edmundo e fazer seu
segundo gol no jogo e decretar o 4
a 0 e fazer a torcida esperar o a
apito final com gritos de olé.
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