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São Paulo, sábado, 29 de março de 2003

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Técnico impõe estilo dentro e fora de campo

DO ENVIADO AO PORTO

Para o que não tem dado certo, um "banho de loja".
Assim como fez quando assumiu o comando do Brasil, há dois anos, Luiz Felipe Scolari quer mudar tudo na seleção portuguesa.
Depois de barrar veteranos (Vítor Baía e João Pinto), chamar a psicóloga brasileira Regina Brandão e convocar o meia Deco, que obteve dupla nacionalidade, o treinador quer agora revolucionar o esquema tático.
No lugar do 3-5-2 que fracassou de forma retumbante na última Copa (Portugal foi eliminado na primeira fase), Scolari vai usar hoje uma linha com quatro zagueiros, como gosta Carlos Alberto Parreira, cinco meias e apenas Pauleta como atacante.
Por enquanto, Deco deve ficar no banco de reservas.
Como sempre fez enquanto esteve à frente do Brasil, Scolari reclama da falta de tempo para treinos. "Enquanto não conseguir organizar a equipe com treinos, no mínimo dez, só por imaginação é que poderia colocar Deco ao lado de Figo e Rui Costa", reclama.
Segundo a imprensa portuguesa, caso optasse por Deco no lugar de Rui Costa, Scolari estaria comprando briga com um dos principais astros da equipe -durante a semana, o jogador do Milan se revoltou ao ser questionado sobre a possibilidade de ser reserva contra o Brasil.
Outro provável problema para Scolari é a forma física de Figo. Com estafa muscular, o meia do Real Madrid nem participou do último treino português.
Antes de mexer na forma de jogar de Portugal, Scolari já havia imprimido outras de suas marcas. Com ele, está o fiel escudeiro Flávio Murtosa, como assistente.
Ele também trouxera do Brasil Regina Brandão para traçar um mapa psicológico dos novos comandados.
Outra tarefa dela é ajudar na adaptação de Deco ao grupo. Ele foi rechaçado, de início, por alguns de seus novos companheiros. (PC)


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