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São Paulo, sábado, 29 de março de 2003

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JUDÔ

Seletiva no Rio é realizada após rixas entre judocas e CBJ

Atletas vão ao tatame hoje para definir a seleção que lutará no Pan

FERNANDO ITOKAZU
DA REPORTAGEM LOCAL

Após disputas nos bastidores, finalmente a seletiva final para a formação da equipe que disputa o Pan-Americano vai ao tatame.
Os confrontos, em melhor de três, têm início às 10h, no Rio.
Serão definidos hoje os titulares de 13 categorias de peso (sete no feminino e seis no masculino) -o pesado Daniel Hernandes já está garantido, pois seu rival, Joseph Guilherme, está machucado.
A CBJ (Confederação Brasileira de Judô) enfrentou problemas para a formação da seleção.
No mês passado, o ligeiro João Derly, o judoca brasileiro com os melhores resultados em 2002, não participou do Circuito Europeu.
Flagrado no antidoping dos Jogos Sul-Americanos em agosto de 2002, Derly não podia competir pois seu caso, seis meses depois, ainda não havia sido julgado por causa da morosidade da CBJ.
O Tribunal de Justiça Desportiva julgou o caso uma semana após o embarque da seleção para a Europa. A condenação de Derly foi de seis meses, e a CBJ alegou inexperiência. "Nunca havíamos passado por situação semelhante. Não que seja algo complicado. Se fosse algo corriqueiro, você teria mais velocidade", afirmou o presidente da entidade, Paulo Wanderley Teixeira, na época.
Derly já disputou dois torneios desde que foi liberado, mas diz que teria sido importante "sentir o quimono dos rivais na Europa".
Outra disputa com reflexos na seletiva envolveu a pesado Viviane Oliveira, do São Caetano.
Viviane se classificou para a disputa final na seletiva de fevereiro.
Na semana passada, porém, a CBJ informou ao São Caetano que a atleta não lutaria hoje já que sua adversária, Priscila Marques, já a havia derrotado no mês passado.
Após o São Caetano ameaçar ir à Justiça, a CBJ reconsiderou e confirmou Viviane na seletiva.
Para este torneio, a CBJ, com recursos da Lei Piva e da parceria com a Coca-Cola, vai bancar a viagem, a hospedagem, a alimentação e o transporte de todos os atletas que não moram no Rio.
"São atletas de ponta, e esse é o tratamento que eles merecem", declarou o presidente da CBJ.
Alguns dirigentes, porém, questionam o fato de a seletiva ser no Rio. Dos 26 judocas que lutam hoje, 18 são de São Paulo, portanto a competição em solo paulista sairia bem mais em conta.


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