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JUDÔ
Seletiva no Rio é realizada após rixas entre judocas e CBJ
Atletas vão ao tatame hoje para definir a seleção que lutará no Pan
FERNANDO ITOKAZU
DA REPORTAGEM LOCAL
Após disputas nos bastidores,
finalmente a seletiva final para a
formação da equipe que disputa o
Pan-Americano vai ao tatame.
Os confrontos, em melhor de
três, têm início às 10h, no Rio.
Serão definidos hoje os titulares
de 13 categorias de peso (sete no
feminino e seis no masculino)
-o pesado Daniel Hernandes já
está garantido, pois seu rival, Joseph Guilherme, está machucado.
A CBJ (Confederação Brasileira
de Judô) enfrentou problemas para a formação da seleção.
No mês passado, o ligeiro João
Derly, o judoca brasileiro com os
melhores resultados em 2002, não
participou do Circuito Europeu.
Flagrado no antidoping dos Jogos Sul-Americanos em agosto de
2002, Derly não podia competir
pois seu caso, seis meses depois,
ainda não havia sido julgado por
causa da morosidade da CBJ.
O Tribunal de Justiça Desportiva julgou o caso uma semana
após o embarque da seleção para
a Europa. A condenação de Derly
foi de seis meses, e a CBJ alegou
inexperiência. "Nunca havíamos
passado por situação semelhante.
Não que seja algo complicado. Se
fosse algo corriqueiro, você teria
mais velocidade", afirmou o presidente da entidade, Paulo Wanderley Teixeira, na época.
Derly já disputou dois torneios
desde que foi liberado, mas diz
que teria sido importante "sentir
o quimono dos rivais na Europa".
Outra disputa com reflexos na
seletiva envolveu a pesado Viviane Oliveira, do São Caetano.
Viviane se classificou para a disputa final na seletiva de fevereiro.
Na semana passada, porém, a
CBJ informou ao São Caetano que
a atleta não lutaria hoje já que sua
adversária, Priscila Marques, já a
havia derrotado no mês passado.
Após o São Caetano ameaçar ir
à Justiça, a CBJ reconsiderou e
confirmou Viviane na seletiva.
Para este torneio, a CBJ, com recursos da Lei Piva e da parceria
com a Coca-Cola, vai bancar a
viagem, a hospedagem, a alimentação e o transporte de todos os
atletas que não moram no Rio.
"São atletas de ponta, e esse é o
tratamento que eles merecem",
declarou o presidente da CBJ.
Alguns dirigentes, porém, questionam o fato de a seletiva ser no
Rio. Dos 26 judocas que lutam
hoje, 18 são de São Paulo, portanto a competição em solo paulista
sairia bem mais em conta.
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