São Paulo, terça-feira, 29 de abril de 2008

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VÔLEI

Surpresinhas russas

A Rússia vai esconder o jogo e está fora do GP, torneio que Zé Roberto terá de usar para testar a seleção para Pequim

CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

CHEGOU A hora das seleções. O grande desafio neste ano são os Jogos Olímpicos. O time feminino começa a treinar na segunda, mas incompleto: ainda não terá as jogadoras dos clubes finalistas do Campeonato Espanhol (Fofão, Walewska e Jaqueline) e do Italiano (Mari e Sheilla).
A preparação não vai ser fácil: no começo de junho, a seleção vai aos EUA para jogar três amistosos e já segue para a disputa do Grand Prix, na Ásia. A equipe só retornará ao Brasil em 15 de julho, menos de um mês antes dos Jogos Olímpicos, que têm início no dia 8 de agosto.
O técnico Zé Roberto tinha até pensado em não disputar o GP com o time principal, mas mudou de idéia, já que o time terá a chance de enfrentar as principais forças: China, Itália, EUA e Cuba. Mas, na fase de classificação, o Brasil só irá encarar a China. A grande ausência é a Rússia, atual campeã mundial e vice olímpica. O italiano Giovanni Caprara, que comanda o time russo, chegou a comentar que as jogadoras não se esforçaram na disputa do torneio qualificatório e por isso a seleção ficou fora da disputa. Pode ser, mas, pelo que tudo indica, a Rússia esconderá o jogo em ano olímpico. E o time já tem surpresas na convocação. A maior delas é a volta da ponteira Evgenia Artamonova, 32 anos e 1,91 m. Titular por muitos anos, ela ficou fora um período da seleção por causa da gravidez.
Fantasma do Brasil nos últimos torneios, a Rússia tem como principal qualidade atletas com muita força no ataque. Só um exemplo: Artamonova vai disputar posição na ponta da rede com Elena Godina e Lioubov Sokolova. Como oposto, o time tem a gigante Gamova, 2,01 m.
A Rússia tem o que mais falta ao Brasil: força no ataque. A Itália, por exemplo, acertou seu time com a chegada da cubana naturalizada italiana Taismaris Aguero. Ela trouxe força a um time que sempre jogou com velocidade. Se o passe não sai, Aguero coloca a bola no chão. É o ponto frágil do Brasil. Quando a recepção não funciona, a história se complica. Com a volta de Mari, quem sabe o time ganhe mais força.

CAMPEÃS ITALIANAS
O Pesaro, das atacantes Mari e Sheilla, conquistou ontem o título do Campeonato Italiano. A equipe das brasileiras venceu o Perugia, na casa do adversário, por 3 sets a 2 (25/18, 19/25, 17/25, 25/17 e 15/12). Nos dois jogos anteriores, a vitória do Pesaro havia sido pelo mesmo placar: 3 sets a 1.

ITALIANO MASCULINO
O Piacenza, dos brasileiros Escadinha e João Paulo Bravo, vai disputar a decisão do Campeonato Italiano contra o Trentino. O primeiro jogo será realizado na quinta-feira. Nas semifinais da competição, o Piacenza eliminou o Cuneo, de Renato Felizardo e Manius.


cidasan@uol.com.br

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