|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
VÔLEI
Surpresinhas russas
A Rússia vai esconder o jogo e
está fora do GP, torneio que
Zé Roberto terá de usar para
testar a seleção para Pequim
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
CHEGOU A hora das seleções. O
grande desafio neste ano são
os Jogos Olímpicos. O time
feminino começa a treinar na segunda, mas incompleto: ainda não
terá as jogadoras dos clubes finalistas do Campeonato Espanhol (Fofão, Walewska e Jaqueline) e do Italiano (Mari e Sheilla).
A preparação não vai ser fácil: no
começo de junho, a seleção vai aos
EUA para jogar três amistosos e já
segue para a disputa do Grand Prix,
na Ásia. A equipe só retornará ao
Brasil em 15 de julho, menos de um
mês antes dos Jogos Olímpicos, que
têm início no dia 8 de agosto.
O técnico Zé Roberto tinha até
pensado em não disputar o GP com
o time principal, mas mudou de
idéia, já que o time terá a chance de
enfrentar as principais forças: China, Itália, EUA e Cuba. Mas, na fase
de classificação, o Brasil só irá encarar a China. A grande ausência é a
Rússia, atual campeã mundial e vice
olímpica. O italiano Giovanni Caprara, que comanda o time russo,
chegou a comentar que as jogadoras
não se esforçaram na disputa do torneio qualificatório e por isso a seleção ficou fora da disputa.
Pode ser, mas, pelo que tudo indica, a Rússia esconderá o jogo em ano
olímpico. E o time já tem surpresas
na convocação. A maior delas é a volta da ponteira Evgenia Artamonova,
32 anos e 1,91 m. Titular por muitos
anos, ela ficou fora um período da
seleção por causa da gravidez.
Fantasma do Brasil nos últimos
torneios, a Rússia tem como principal qualidade atletas com muita força no ataque. Só um exemplo: Artamonova vai disputar posição na
ponta da rede com Elena Godina e
Lioubov Sokolova. Como oposto, o
time tem a gigante Gamova, 2,01 m.
A Rússia tem o que mais falta ao
Brasil: força no ataque. A Itália, por
exemplo, acertou seu time com a
chegada da cubana naturalizada italiana Taismaris Aguero. Ela trouxe
força a um time que sempre jogou
com velocidade. Se o passe não sai,
Aguero coloca a bola no chão. É o
ponto frágil do Brasil. Quando a recepção não funciona, a história se
complica. Com a volta de Mari,
quem sabe o time ganhe mais força.
CAMPEÃS ITALIANAS
O Pesaro, das atacantes Mari e
Sheilla, conquistou ontem o título
do Campeonato Italiano. A equipe
das brasileiras venceu o Perugia, na
casa do adversário, por 3 sets a 2
(25/18, 19/25, 17/25, 25/17 e 15/12).
Nos dois jogos anteriores, a vitória
do Pesaro havia sido pelo mesmo
placar: 3 sets a 1.
ITALIANO MASCULINO
O Piacenza, dos brasileiros Escadinha e João Paulo Bravo, vai disputar a decisão do Campeonato
Italiano contra o Trentino. O primeiro jogo será realizado na quinta-feira. Nas semifinais da competição, o Piacenza eliminou o Cuneo,
de Renato Felizardo e Manius.
cidasan@uol.com.br
Texto Anterior: Boxe: Sete brasileiros definem hoje se irão a Pequim Próximo Texto: José Roberto Torero: Detalhes tão pequenos... Índice
|