|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
MOTOR
FÁBIO SEIXAS - fabioseixas.folha@uol.com.br @fabio_seixas
A sofrida tarefa de não desistir
ANTOINE RIZKALLAH Kanaan Filho tinha 13 anos
quando o pai, seu maior incentivador no kart, morreu,
vítima de câncer. Ele poderia desistir. Muitos desistiriam. Tony continuou.
Com uma graninha emprestada pela família Barrichello, foi tentar a sorte na
apagada Alfa Boxer, na Itália. Morava na oficina, uma
dureza só. Muitos voltariam. Tony encarou.
Ganhou o campeonato e
ficou tentado a usar o prêmio de US$ 100 mil para
ajudar a mãe. Resolveu
reinvestir e correr na F-3 italiana. Ao fim daquele 95,
quinto no campeonato, viu
minguarem as chances de
prosseguir carreira na Europa, rumo à F-1, seu sonho.
Muitos lamentariam.
Tony foi para os EUA.
Na Indy Lights, ouviu do
patrocinador que tinha uma
temporada para aprender,
outra para conquistar o
campeonato. Se fracassasse, que voltasse para casa,
tentasse outra coisa. Muitos
sentiriam essa pressão, fraquejariam. Tony acelerou.
Aprendeu em 96, foi campeão em 97, subiu para a
Indy em 98. Foi correr na
Tasman, então um time decadente. Muitos desanimariam. Tony foi o melhor brasileiro e o melhor estreante.
Foi campeão da Indy em
2004, bateu na trave algumas vezes em Indianápolis
(e a de 2007 foi inacreditável), assumiu um papel de
tutor de Marco Andretti e
Danica Patrick na equipe.
No fim de 2010, foi dispensado pelo time. Assinou
um contrato de risco com Gil
de Ferran, deu errado. Há
40 dias, não tinha emprego.
Muitos achariam que era
hora de parar.
Tony, que bateu na porta
de mais de 90 empresas,
acertou com a nanica KV.
Chega ao Anhembi como
o terceiro colocado no campeonato. Como o melhor
brasileiro nas pistas neste
ano. Como o dono de uma
história tão inspiradora por
trás embora (ou talvez porque) teime tanto em olhar
para a frente.
F-1
PARADA
Desculpa de engenheiro,
quando tudo dá errado, é a
"calibragem do túnel de
vento". É o que a Ferrari vem
espalhando nos últimos
dias, cogitando até levar seu
modelo à antiga sede da Toyota, em Colônia. Enquanto
isso, a McLaren anuncia um
novo pacote aerodinâmico
para Istambul, e Newey declara que a Red Bull ainda
está longe do limite. É...
"Quando foi a
última vez que outra
equipe tentou copiar
uma inovação de
Maranello? Foi em
2008, com o buraco
no bico do carro.
Desde então,
ninguém tentou
copiar suas ideias"
ANÁLISE DA "AUTOSPRINT"
sobre o apagão criativo da Ferrari
Texto Anterior: COI questiona Rio por enchente Próximo Texto: Brasil vira parceiro de sul-africano Índice | Comunicar Erros
|