São Paulo, quarta-feira, 29 de maio de 2002

Próximo Texto | Índice OOOOH! Desempenho da equipe é superior ao das 31 adversárias, pelo menos na temporada de testes Sim, o Brasil de Scolari é a melhor seleção do ano Associated Press IDIOMA DOS ESTÁDIOS Torcida japonesa reage a gol, lançamento ou desarme com o mesmo grito, mostrando pouca familiaridade com o futebol PAULO COBOS ENVIADO ESPECIAL A SEUL Se os resultados nos amistosos preparatórios servirem de parâmetro, a seleção brasileira é a principal favorita ao título. Ninguém teve números tão expressivos na temporada de testes que antecedeu a disputa da Copa-2002, que começa nesta sexta-feira com França x Senegal. Depois de ter enfrentado um rival forte (Portugal), alguns de nível mediano (como a Iugoslávia), outros apenas razoáveis (Arábia Saudita) e alguns totalmente inexpressivos (Islândia e Malásia), o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking de aproveitamento entre as 32 equipes do Mundial. Sem contar a partida contra a Catalunha, que não é considerada oficial pela Fifa, o Brasil teve aproveitamento de 88,9%. O time, que não perde desde novembro passado, ainda mostrou um ataque produtivo e uma defesa eficiente. Nas seis partidas registradas pela Fifa, sofreu apenas dois gols e fez 19, média superior a três por jogo. Se realmente o gabarito dos adversários ajudou para que o time de Luiz Felipe Scolari tivesse números tão expressivos, é verdade também que muitos dos outros grandes favoritos não arrancaram suspiros nos últimos meses. A França, por exemplo, perdeu em casa para a Bélgica e sofreu para vencer a Coréia do Sul. A Argentina ganhou fora de casa da decadente Alemanha, mas empacou diante do País de Gales. Comparando com outras Copas, o Brasil de Scolari também se destaca. Desde 1966 que o time não ganhava tantas partidas, fazia tantos gols e sofria tão poucos em um ano de Mundial. Os resultados no ano, entretanto, não mudaram a percepção nas casas de apostas de Londres, um bom termômetro para medir as chances de cada seleção. O Brasil continua apenas o quarto mais cotado ao título na opinião dos que pensam em futebol para ganhar dinheiro e, principalmente, não escolhem seus palpites pelo coração. Na frente, estão França, Argentina e Itália. Próximo Texto: Brasil: Seleção ostenta melhor currículo em dez Mundiais Índice

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