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Time exalta força, mas prega cautela
ADRIANA KÜCHLER
DE BUENOS AIRES
Na saída do gramado do
Juan Domingo Perón, apelidado de Cilindro, jogadores e
comissão técnica do Fluminense celebravam o resultado obtido ante o hexacampeão Boca Juniors.
Autor do primeiro gol da
equipe carioca, o zagueiro
Thiago Silva exaltou a coragem do time e o poder de reação ontem, em Avellaneda.
"As duas equipes sempre
buscaram o gol, mas é bom
frisar que não tem nada decidido. Nas quartas [contra o
São Paulo], a gente conseguiu um resultado que ninguém esperava [vitória por
dois gols no Maracanã]."
Thiago Neves, que lhe deu
o passe e ainda marcou o gol
de empate, pregou que o time tem que manter a humildade. "Temos que treinar e
nos concentrar." Isso deve
significar que, no Fla-Flu de
domingo, pelo Brasileiro, Renato Gaúcho usará novamente a equipe reserva.
A coragem também serviu
à torcida do Fluminense, que
compareceu em 2.000 ao Cilindro de Avellaneda e teve
que esperar mais de uma hora para deixar o estádio após
o apito final. A medida era
para que a torcida do Boca se
dispersasse logo e sem provocar problemas.
O zagueiro Julio Cáceres,
que jogou pelo Atlético-MG,
afirmou que não surpreendeu que o clube carioca mostrasse personalidade ontem,
em Avellaneda.
"Esperávamos que o Fluminense jogasse de igual para igual. Foi uma partida linda. Agora, no Brasil, vamos
jogar como sempre jogamos
fora", declarou Cáceres. Nas
quartas-de-final, o Boca empatou em casa com o Atlas e
venceu bem no México.
No entanto, o comentário
geral nas rádios portenhas
era de que a falha do goleiro
Migliore -descrita como
"uma vergonha" por muitos
dos comentaristas locais-
injetou ânimo ao time do
Fluminense. Muitas críticas
também foram direcionadas
ao técnico Carlos Ischia pela
substituição de Chávez para
a entrada de Monzón.
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