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3º LUGAR/ HOJE
Coréia e Turquia querem ratificar campanhas
Disputa de perdedores, enfim, é levada a sério
DO ENVIADO A YOKOHAMA
Para Coréia do Sul e Turquia,
que hoje, às 8h, em Daegu (Coréia), disputam o terceiro lugar da
Copa-2002, a medalha de bronze
vale algo nunca atingido antes.
No resto da história do Mundial, entretanto, a praticamente
simbólica disputa por esse posto
tem um ar de amistoso.
O duelo dos derrotados das semifinais têm preocupações ofensivas muito menores do que em
outras fases do certame.
Nunca até hoje, em 16 Copas
disputadas, uma edição da competição teve um empate no placar
ao final de 90 minutos do tempo
normal e da prorrogação na disputa pelo terceiro lugar.
A média de gols nas pouco chamativas disputas pela medalha de
bronze é de 3,9 por partida, número 30% superior ao resto das
confrontos por Mundiais.
O fosso que separa a tensão de
uma final e a luta pelo bronze ficou ainda mais evidente nas últimas três Copas. De 1990 a 1998, as
decisões do mais importante
campeonato de futebol do planeta
acumularam apenas quatro gols.
Já o jogo que valeu o terceiro lugar
da competição, teve os goleiros
vazados em dez oportunidades.
Se para as grandes seleções a diferença entre ser terceiro ou quarto é insignificante, para sul-coreanos e turcos, que pela primeira
vez ficam entre os quatro melhores, a coisa muda de figura.
Antes do Mundial asiático, os
dois países nunca haviam registrado resultados dignos de nota.
A Coréia, em cinco participações anteriores, nunca tinha vencido uma partida sequer.
A Turquia só havia disputado
uma edição da competição, no
distante ano de 1954. "Para a Coréia, seria maravilhoso terminar o
Mundial em terceiro lugar. Por isso, estou encarando este jogo com
muita seriedade", disse o técnico
Guus Hiddink, que em 98, quando dirigia a Holanda, foi derrotado na disputa pela terceira colocação da opa contra a Croácia.
Como aconteceu nas semifinais,
quando perdeu para a Alemanha,
a Coréia do Sul tem problemas físicos com seus jogadores.
A principal dúvida de Hiddink é
o volante Kim Nam-il, um dos
melhores integrantes do meio-campo da seleção asiática.
Do lado turco, a motivação para
a quase sempre desprezada partida válida pelo terceiro lugar da
Copa também é grande.
"O mundo inteiro estará ligado
na final entre Brasil e Alemanha,
mas isso não diminuirá a motivação para obtermos uma vitória e
provarmos que não estamos nas
semifinais por acaso", disse Senol
Gunes, técnico da Turquia.
O problema da seleção européia
continua sendo o ataque. Nesse
setor, Hakan Sukur, grande estrela da equipe, que antes da competição era a esperança de gols dos
turcos, continua sem marcar e se
desentendendo com os companheiros por motivos religiosos e
falta de entrosamento. Nos últimos três jogos da Turquia na
competição, o time marcou apenas dois gols.
(PAULO COBOS)
NA TV - Globo e Sportv, ao
vivo, às 8h
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