São Paulo, sábado, 29 de junho de 2002

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3º LUGAR/ HOJE

Coréia e Turquia querem ratificar campanhas

Disputa de perdedores, enfim, é levada a sério

DO ENVIADO A YOKOHAMA

Para Coréia do Sul e Turquia, que hoje, às 8h, em Daegu (Coréia), disputam o terceiro lugar da Copa-2002, a medalha de bronze vale algo nunca atingido antes.
No resto da história do Mundial, entretanto, a praticamente simbólica disputa por esse posto tem um ar de amistoso.
O duelo dos derrotados das semifinais têm preocupações ofensivas muito menores do que em outras fases do certame.
Nunca até hoje, em 16 Copas disputadas, uma edição da competição teve um empate no placar ao final de 90 minutos do tempo normal e da prorrogação na disputa pelo terceiro lugar.
A média de gols nas pouco chamativas disputas pela medalha de bronze é de 3,9 por partida, número 30% superior ao resto das confrontos por Mundiais.
O fosso que separa a tensão de uma final e a luta pelo bronze ficou ainda mais evidente nas últimas três Copas. De 1990 a 1998, as decisões do mais importante campeonato de futebol do planeta acumularam apenas quatro gols. Já o jogo que valeu o terceiro lugar da competição, teve os goleiros vazados em dez oportunidades.
Se para as grandes seleções a diferença entre ser terceiro ou quarto é insignificante, para sul-coreanos e turcos, que pela primeira vez ficam entre os quatro melhores, a coisa muda de figura.
Antes do Mundial asiático, os dois países nunca haviam registrado resultados dignos de nota.
A Coréia, em cinco participações anteriores, nunca tinha vencido uma partida sequer.
A Turquia só havia disputado uma edição da competição, no distante ano de 1954. "Para a Coréia, seria maravilhoso terminar o Mundial em terceiro lugar. Por isso, estou encarando este jogo com muita seriedade", disse o técnico Guus Hiddink, que em 98, quando dirigia a Holanda, foi derrotado na disputa pela terceira colocação da opa contra a Croácia.
Como aconteceu nas semifinais, quando perdeu para a Alemanha, a Coréia do Sul tem problemas físicos com seus jogadores.
A principal dúvida de Hiddink é o volante Kim Nam-il, um dos melhores integrantes do meio-campo da seleção asiática.
Do lado turco, a motivação para a quase sempre desprezada partida válida pelo terceiro lugar da Copa também é grande.
"O mundo inteiro estará ligado na final entre Brasil e Alemanha, mas isso não diminuirá a motivação para obtermos uma vitória e provarmos que não estamos nas semifinais por acaso", disse Senol Gunes, técnico da Turquia.
O problema da seleção européia continua sendo o ataque. Nesse setor, Hakan Sukur, grande estrela da equipe, que antes da competição era a esperança de gols dos turcos, continua sem marcar e se desentendendo com os companheiros por motivos religiosos e falta de entrosamento. Nos últimos três jogos da Turquia na competição, o time marcou apenas dois gols. (PAULO COBOS)


NA TV - Globo e Sportv, ao vivo, às 8h



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