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PERFIL
Depois de demissão, técnico holandês vira herói na Ásia
DO ENVIADO A YOKOHAMA
No início do ano passado, o
treinador holandês Guus Hiddink, 55, tinha acabado de ser
demitido do Betis, um clube médio da Espanha.
Hoje, após levar uma seleção
asiática pela primeira vez às semifinais de uma Copa do Mundo, sai da competição como herói nacional e com o mercado
europeu novamente com as
portas abertas para ele.
Apesar da comoção que causou no povo sul-coreano, Hiddink deve trocar seu atual emprego por um clube da Europa.
Se isso acontecer, vai deixar
para trás uma série de homenagens raras para um treinador.
A Coréia cogitou mudar suas
leis para permitir que o holandês assumisse a nacionalidade
do país. Empresas e a federação
de futebol do país despejaram
milhões de dólares na sua conta
bancária. O técnico vai virar nome de rua em várias cidades sul-coreanas e poder viajar na primeira classe da principal empresa aérea do país até morrer.
Quando assumiu o cargo,
Hiddink nem imaginava que viraria herói na Ásia.
Em entrevista para um jornal
espanhol, o treinador chegou a
dizer que duvidava da qualidade
dos jogadores coreanos.
"Eles têm muito que aprender", disse Hiddink, que também já adiantava que não pretendia aprender a falar a língua
do país que iria pagar seu salário
a partir de então.
Para Carlos Alberto Parreira,
técnico do Corinthians e campeão com a seleção brasileira em
1994, o técnico da maior surpresa da Copa teve muitos méritos.
"Ele conseguiu fazer com que
a Coréia jogasse como a Holanda, mesmo sem contar com jogadores da qualidade [dos holandeses"", disse Parreira.
Para ter sucesso na Ásia, Hiddink repetiu o que fez com a seleção de seu país.
Na equipe holandesa, o treinador conseguiu domar o ego de
uma constelação de craques.
Agora, apesar de não terem a
mesma fama, os sul-coreanos
também formavam um grupo
dividido, principalmente entre
os jogadores mais jovens e os
mais velhos.
(PC)
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