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PÓLO AQUÁTICO
Brasil pega a Itália em torneio inédito
Sem sua principal estrela, seleção estréia em casa na Liga Mundial
GUSTAVO CHACRA
DA REDAÇÃO
O Brasil começa a disputar hoje,
contra a Itália, no Rio, a primeira
edição da Liga Mundial de pólo
aquático, composta pela elite da
modalidade. A seleção, porém,
estará desfalcada de Kiko Perrone, 25, principal estrela da equipe
nos últimos anos e um dos melhores jogadores do planeta.
Artilheiro do Campeonato Espanhol em sua primeira temporada, campeão com a equipe do
Barcelona do mesmo torneio, da
Copa do Rei e também da Recopa
européia, Kiko optou por atuar
pela Espanha a partir de 2002, ficando de fora da Liga Mundial.
Ele possui passaporte espanhol,
mas não poderá jogar pelo país
europeu pois precisa ficar um ano
sem atuar. Os espanhóis estão na
chave do Brasil na Liga, composta
ainda por Itália e Grécia.
Na outro grupo, estão Hungria,
Croácia, a Rússia e os EUA. Os
dois primeiros de cada chave se
classificam para a fase final em
Patras (GRE), em agosto.
A decisão de Kiko se deve, segundo ele próprio, a atingir seu
objetivo na carreira, "que é disputar uma medalha olímpica". Algo
muito difícil para o Brasil, de
acordo com Carlos Carvalho, técnico da seleção brasileira.
"Entendo a decisão do Kiko. Ele
terá 27 anos nos Jogos de Atenas e
até lá o Brasil não terá uma seleção competitiva", diz o treinador.
Sem ele, o técnico irá contar
com outro Perrone no comando
do time, Felipe, de 16 anos, irmão
do Kiko. Ele atua desde os 13 anos
na seleção brasileira júnior e, segundo Carvalho, é hoje certamente o melhor juvenil do mundo.
Brasil e Itália voltam a se enfrentar amanhã, às 14h30, no Rio.
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