São Paulo, terça-feira, 29 de junho de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

LOVE STORY

Em sua 1ª convocação, atacante se apresenta com roupas informais e leva a mãe e a irmã

Vágner quebra "protocolo" na seleção

SÉRGIO RANGEL
ENVIADO A TERESÓPOLIS

O atacante Vágner quebrou o "protocolo" ao se apresentar ontem de manhã ao treinador Carlos Alberto Parreira para a disputa da Copa América.
"Calouro" no time nacional, Vágner, 20, foi o único a chegar ao aeroporto Santos Dumont vestido sem camisa social.
Apesar de a comissão técnica não exigir, o terno e a gravata viraram praticamente o uniforme dos jogadores da seleção. "Este é o meu estilo. O importante é corresponder em campo", disse o atacante, que deu um toque informal à apresentação -camisa branca de malha, calça jeans preta, um brinco em cada orelha com a inscrição "love", além das tranças verdes no cabelo.
Na equipe principal, só o atacante Ronaldo, do Real Madrid, tem por hábito não se apresentar no Brasil de terno e gravata.
Parreira deixou todos os titulares fora da Copa América, com a justificativa de dar férias aos medalhões, e disse que o torneio será a oportunidade para observar o futuro da seleção, visando as eliminatórias e a Copa.
Fato raro entre os boleiros, Vágner fez questão de levar a mãe, Jaira, e a irmã, Vânia, ao aeroporto ontem. Lá, o atacante foi o mais assediado pela imprensa.
No saguão do Santos Dumont, ele deixou a modéstia de lado e disse que pretende ser titular da seleção na Copa América.
"Sempre penso alto. Estou aqui para ser titular. Agora o mais importante na minha vida é a Copa América. Depois eu penso na Rússia", disse o atacante, que dificilmente conseguirá a vaga no time no primeiro confronto da seleção brasileira.
O treinador já adiantou que pretende escalar Adriano e Luis Fabiano juntos na primeira partida da seleção na Copa América, no dia 8, diante do Chile -Paraguai e Costa Rica completam a chave do Brasil.
Após dizer que estava realizando um sonho, o jogador declarou que abriria mão até das tranças para permanecer na seleção.
"Até agora, o professor [Parreira] não disse nada. Pela seleção, faço qualquer coisa. Se o treinador pedir, eu tiro as tranças", disse o jogador, que vai atuar pelo CSKA, da Rússia, após a Copa América.
"O importante será ele jogar bem. Não estou preocupado com as tranças", disse o técnico Parreira, que cortou o lateral Gilberto, do São Caetano.
Ele sofreu um estiramento do ligamento colateral interno do joelho esquerdo e deve ficar parado por 15 dias. Adriano, do Coritiba, será o substituto.


Texto Anterior: Geopolítica: País mais pobre da América vive caos institucional
Próximo Texto: Basquete - Melchiades Filho: Baba, Baby!
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.