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Prancheta do PVC
PAULO VINICIUS COELHO pvc@uol.com.br
Estilo Dunga
O PRIMEIRO contra-ataque
surgiu aos 4min e, para
quem tinha dúvidas se seria
imprudência o Chile atacar
o Brasil, ficou a certeza: era
imprudente mesmo.
Mas Bielsa lançou Isla e
Sánchez no setor de Michel
Bastos, que deu conta do recado. Marcou por pressão, e
Ramires e Gilberto Silva fizeram a preocupação com a
saída de bola parecer susto
de torcedor. De tão preciso,
o passe na defesa chegava a
Kaká e a Robinho. Virava
contra-ataque.
Luis Fabiano desperdiçou aos 4min, mas eles continuaram aparecendo. O
primeiro tempo teve saídas
em velocidade para todos os
gostos. Pela esquerda, com
Kaká em largas arrancadas
de que só ele é capaz.
O passe cioso na defesa
era um pouco afoito no ataque. Pois da defesa Ramires
abriu o jogo para Maicon
cruzar, e a bola, desviada,
resultou em um escanteio.
Não importa que as bolas
paradas sejam responsáveis por apenas 22% dos
gols do time de Dunga. Juan
escorou de cabeça o cruzamento de Maicon e marcou
seu sétimo gol pela seleção,
o quarto contra os chilenos.
Era a senha para atrair
um pouco mais a equipe de
Bielsa, colocar ainda mais
velocidade no jogo.
Quando, aos 37min, o
contra-ataque nasceu de
novo para o Brasil, Bielsa
deu um salto à frente de seu
banco de reservas. Saltou
mais alto do que fazia Dunga a cada passe errado contra Portugal. Bielsa sabia
que as arrancadas do Brasil
muitas vezes acabam em
gol. Kaká deu o último toque
para Luis Fabiano e se tornou o líder de assistências
da Copa, com três, ao lado
do alemão Thomas Müller.
E o contra-ataque voltou
a ser o item que mais gols dá
à seleção quando Ramires
roubou a bola e a entregou
para Robinho fazer seu primeiro gol em Copas do Mundo. São 125 gols com Dunga.
São 41 contra-atacando.
POSIÇÕES
A maioria dos contra-ataques de Kaká foi pela esquerda. Deram certo as inversões
de Robinho, Daniel Alves e
Kaká. A saída de bola foi precisa, fosse com Ramires, Gilberto Silva ou Michel Bastos.
A HOLANDA
Com mais posse de bola
que o Brasil, vai oferecer a
mesma velocidade que o Chile deu. É difícil parar o Brasil
em alta velocidade, mas Robben e Sneijder preocupam.
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