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Clubes mantêm estratégia dos tempos do passe
DA REPORTAGEM LOCAL
Desde março o passe no
Brasil não existe mais. Mas,
apesar da medida provisória
que alterou a Lei Pelé e modernizou a legislação esportiva do país, os clubes não se
mexeram.
Enquanto os jogadores estão procurando o sindicato e
contratando advogados para defender seus direitos, 19
dos principais times brasileiros ainda não ampliaram a
estrutura de seus departamentos jurídicos nos últimos quatro meses.
O resultado é a morosidade em algumas de suas
ações. Um exemplo deu-se
na discussão sobre a criação
de uma liga nacional, que
poderia organizar o Campeonato Brasileiro-01 e ainda não saiu do papel.
Há dez dias, uma reunião
entre os vices jurídicos dos
19 integrantes do Clube dos
13 para discutir a liga foi cancelada. O motivo? Oito deles
não poderiam comparecer,
com a justificativa de que
não são remunerados e tinham outros compromissos
naquela data.
Já os jogadores, aproveitando o fim do passe, têm sido estimulados por seus empresários a contratar os serviços de um escritório de advocacia.
Não à toa as consultas aos
sindicatos de atletas aumentaram nos últimos quatro
meses, quando a MP que
mudou a Lei Pelé foi editada.
Em São Paulo, o número
de consultas mensais subiu
de 27, em março, para 88, em
junho. No Rio, algo parecido
aconteceu -de 32 em março, elas passaram para 87 no
mês de junho.
Boa parte era de jogadores
que não estão recebendo salários e direitos trabalhistas
dos clubes com os quais têm
contrato e, por isso, querem
romper o vínculo com
eles.
(JCA e MS)
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