São Paulo, domingo, 29 de julho de 2001

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Clubes mantêm estratégia dos tempos do passe

DA REPORTAGEM LOCAL

Desde março o passe no Brasil não existe mais. Mas, apesar da medida provisória que alterou a Lei Pelé e modernizou a legislação esportiva do país, os clubes não se mexeram.
Enquanto os jogadores estão procurando o sindicato e contratando advogados para defender seus direitos, 19 dos principais times brasileiros ainda não ampliaram a estrutura de seus departamentos jurídicos nos últimos quatro meses.
O resultado é a morosidade em algumas de suas ações. Um exemplo deu-se na discussão sobre a criação de uma liga nacional, que poderia organizar o Campeonato Brasileiro-01 e ainda não saiu do papel.
Há dez dias, uma reunião entre os vices jurídicos dos 19 integrantes do Clube dos 13 para discutir a liga foi cancelada. O motivo? Oito deles não poderiam comparecer, com a justificativa de que não são remunerados e tinham outros compromissos naquela data.
Já os jogadores, aproveitando o fim do passe, têm sido estimulados por seus empresários a contratar os serviços de um escritório de advocacia.
Não à toa as consultas aos sindicatos de atletas aumentaram nos últimos quatro meses, quando a MP que mudou a Lei Pelé foi editada.
Em São Paulo, o número de consultas mensais subiu de 27, em março, para 88, em junho. No Rio, algo parecido aconteceu -de 32 em março, elas passaram para 87 no mês de junho.
Boa parte era de jogadores que não estão recebendo salários e direitos trabalhistas dos clubes com os quais têm contrato e, por isso, querem romper o vínculo com eles. (JCA e MS)



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