São Paulo, segunda-feira, 29 de julho de 2002

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Paysandu e Cruzeiro jogam pela Libertadores na semana do São Caetano

Palmeiras é a última vítima da febre azul

Bruno Domingos/Lancepress
Albertinho, do Paysandu, comemora gol na vitória sobre o Palmeiras, que eliminou o time de Luxemburgo da Copa dos Campeões



Empurrado por mais de 40 mil torcedores em Belém, time paraense atropela no segundo tempo e avança à final da Copa dos Campeões


MARÍLIA RUIZ
DA REPORTAGEM LOCAL

De virada, o Palmeiras perdeu ontem a chance de encurtar o seu caminho para a Libertadores-2003. Com a derrota em Belém (PA), por 3 a 1, para o Paysandu, a sensação de uniformes azul e branco do torneio, que se classificou para a final da Copa dos Campeões, o time de Wanderley Luxemburgo caiu pela terceira vez no ano em uma semifinal.
Único paulista que passou da primeira fase do torneio que dá vaga ao campeão no torneio sul-americano, o Palmeiras chegou às semifinais depois de se classificar em primeiro do Grupo D (sede Teresina) e bater o Fluminense nas quartas-de-final.
Como já havia ocorrido no Torneio Rio-São Paulo e no Supercampeonato Paulista, o time de Luxemburgo sucumbiu antes da final. Ontem, os palmeirenses caíram depois de tomar dois gols da jogada que mais caracterizou o Palmeiras no primeiro semestre: os cruzamentos e as cobranças de falta alçadas na área.
O Paysandu, líder do Grupo A, que tinha Corinthians e Fluminense, chega à final depois de bater Bahia (quartas) e Palmeiras.
"A classificação deles [Paysandu" é indiscutível. É duro falar sobre uma desclassificação", disse o capitão do Palmeiras, Arce. Luxemburgo lamentou a derrota. "Mas os atletas têm que se levantar porque temos o Brasileiro."
Os jogadores do Paysandu festejaram muito o que chamaram de "o jogo mais importante da história do clube".
Participando do torneio como campeão da Copa Norte, a equipe do técnico Givanildo vai enfrentar o Cruzeiro, outro time de azul, que eliminou o Flamengo na semifinal, nas finais, que começarão a ser disputadas na próxima quarta-feira, no estádio Mangueirão, em Belém, às 21h40 -mesmos dia e horário da decisão da Libertadores entre o "azulão" São Caetano e o Olimpia (PAR), que será no Pacaembu, em São Paulo.
"As partidas finais serão na próxima quarta e no próximo domingo. Isso está decidido faz tempo e não vai mudar por causa do São Caetano", afirmou Virgílio Elisio, diretor do Departamento Técnico da CBF, que ontem assistiu, em Belém, à vitória que classificou o time do Paysandu.
Classificação que esteve ameaçada no primeiro tempo, quando os paulistas jogaram melhor e conseguiram abrir o placar.
Nenê pôs o Palmeiras em vantagem aos 13min. Ele fez ótima jogada pela esquerda e chutou no ângulo direito do goleiro Marcão.
Os paulistas passaram a priorizar o toque de bola, concentrando as jogadas em Arce, "promovido" ao meio-campo pelo técnico Wanderley Luxemburgo. Mas a contusão de Leonardo, aos 21min, mudou o esquema palmeirense. Arce voltou à lateral direita, e Magrão entrou no meio.
O Palmeiras diminuiu o ritmo, mas o Paysandu não aproveitou. Poucas foram as jogadas ofensivas até que os paraenses reagissem nos minutos finais do primeiro tempo. Aos 44min, Jajá esteve perto de empatar, mas perdeu o tempo da bola após cruzamento da direita. Aos 45min, após falha de marcação dos rivais, um cabeceio de Wandick passou rente à trave direita de Marcos.
O Paysandu voltou do intervalo com a mesma determinação. A arma foi a mesma do final do primeiro tempo: os cruzamentos na área. No primeiro lance, Wandick cruzou, e Alexandre afastou. No segundo, aos 3min, após cruzamento de Jóbson, Wandick, de cabeça, empatou o jogo.
O Palmeiras não conseguiu reagir, apesar de ter até cinco jogadores no ataque durante boa parte do segundo tempo (Lopes, Itamar, Nenê, Muñoz e Juninho). Aos 24min, Trindade, desempatou o jogo, também de cabeça, depois de cobrança de falta de Luís Fernando. Albertinho fechou a vitória aos 47min: ele recebeu passe de Jajá, fintou um zagueiro e chutou rasteiro.



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