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FUTEBOL
Recuado e com a mira ruim, equipe empata sem gols com o Flamengo e tem série de duas vitórias interrompida
Com medo, Palmeiras puxa freio de mão
DA REPORTAGEM LOCAL
O Palmeiras teve medo ontem.
Recuado, o time do técnico Emerson Leão só foi ao Rio segurar o
empate por 0 a 0 com o Flamengo,
no estádio Arena Petrobras, e teve
interrompida a série de duas vitórias seguidas no Brasileiro.
O próprio treinador propalava
antes do jogo que seus comandados precisavam ganhar a terceira
partida consecutiva para "perderem o medo de vencer".
Sem atitude, Leão, que tinha um
aproveitamento de 100% à frente
do time desde sua estréia -vitórias sobre Figueirense (4 a 1, fora)
e Atlético-MG (1 a 0, em casa)-,
viu seu Palmeiras chegar a 20
pontos e continuar em 14º lugar.
Já o Flamengo se deu melhor,
foi para 13 pontos e subiu uma
posição: é o 19º, mas continua na
zona de rebaixamento.
Pela terceira vez seguida, Leão
começou uma partida sem um
atacante de origem. A aposta continuou no talento, com o trio de
meias Juninho, Pedrinho e Marcinho. Mas ontem eles pecaram.
Para piorar, o Flamengo também não acertou o alvo e o primeiro tempo foi sofrível, quando
imperou a falta de criatividade e
sobrou muita correria dos times.
Pressionado pela necessidade
de vitória, o Flamengo entrou em
campo modificado. Com o cargo
em risco, o técnico Celso Roth
barrou Júnior Baiano e mudou o
esquema do 3-5-2 para o 4-4-2.
E foi com essa formação que o
Flamengo arriscou mais. Mesmo
assim, os goleiros tiveram pouco
trabalho na etapa inicial.
Dos dez arremates do time carioca, segundo o Datafolha, somente um foi em direção ao gol:
cabeçada do volante Fabiano, aos
23min, que o arqueiro Sérgio segurou sem problemas.
Já o Palmeiras foi bem inferior
que o rival nas finalizações. Dos
três chutes que fez, só acertou o alvo num tiro de fora da área do volante Reinaldo, aos 30min, sem
dificuldades para o goleiro Diego.
Aos 42min, o Flamengo perdeu
o zagueiro Fernando contundido.
Rodrigo entrou em seu lugar.
Enquanto isso, o time alviverde
continuava a maltratar a bola. Foi
a equipe que mais cometeu faltas.
Praticou 11 infrações e tomou três
cartões amarelos, com o zagueiro
Leonardo Silva, o lateral-direito
Baiano e o meia Pedrinho.
Pior para o técnico Emerson
Leão, que não poderá contar com
Baiano e Pedrinho para a partida
contra o Atlético-PR, no domingo, sem torcida, no estádio do Pacaembu. Pendurados, os dois
atletas levaram o terceiro cartão
amarelo e irritaram o treinador.
"Tivemos pouco aproveitamento. O Juninho e o Pedrinho não se
encontram bem. Coloquei agora
dois atacantes de ofício", disse
Leão, na volta do intervalo.
Os baixinhos deram lugar aos
grandalhões no segundo tempo.
Entraram o argentino Gioino,
1,89 m, e Washington, 1,81 m, respectivamente nos lugares de Juninho, 1,68 m, e Pedrinho, 1,70 m.
Desse modo, o meia-atacante
Marcinho, que estava avançado,
recuou e passou a armar as jogadas e a municiar os dois atacantes.
Mesmo assim, o gol não saía.
Aos 10min, a melhor oportunidade de esteve nos pés do jovem atacante flamenguista Bruno Mezenga, 16, que se livrou do zagueiro
paraguaio Gamarra, 34, e chutou
de fora da área para a defesa de
Sérgio. Aos 46min, o Palmeiras teve sua chance com Gioino, que,
após bate-rebate na área, chutou
fraco e viu a bola passar rente à
trave, deixando o 0 a 0 no placar.
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