São Paulo, sexta-feira, 29 de julho de 2005

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FUTEBOL

Recuado e com a mira ruim, equipe empata sem gols com o Flamengo e tem série de duas vitórias interrompida

Com medo, Palmeiras puxa freio de mão

DA REPORTAGEM LOCAL

O Palmeiras teve medo ontem. Recuado, o time do técnico Emerson Leão só foi ao Rio segurar o empate por 0 a 0 com o Flamengo, no estádio Arena Petrobras, e teve interrompida a série de duas vitórias seguidas no Brasileiro.
O próprio treinador propalava antes do jogo que seus comandados precisavam ganhar a terceira partida consecutiva para "perderem o medo de vencer".
Sem atitude, Leão, que tinha um aproveitamento de 100% à frente do time desde sua estréia -vitórias sobre Figueirense (4 a 1, fora) e Atlético-MG (1 a 0, em casa)-, viu seu Palmeiras chegar a 20 pontos e continuar em 14º lugar.
Já o Flamengo se deu melhor, foi para 13 pontos e subiu uma posição: é o 19º, mas continua na zona de rebaixamento.
Pela terceira vez seguida, Leão começou uma partida sem um atacante de origem. A aposta continuou no talento, com o trio de meias Juninho, Pedrinho e Marcinho. Mas ontem eles pecaram.
Para piorar, o Flamengo também não acertou o alvo e o primeiro tempo foi sofrível, quando imperou a falta de criatividade e sobrou muita correria dos times.
Pressionado pela necessidade de vitória, o Flamengo entrou em campo modificado. Com o cargo em risco, o técnico Celso Roth barrou Júnior Baiano e mudou o esquema do 3-5-2 para o 4-4-2.
E foi com essa formação que o Flamengo arriscou mais. Mesmo assim, os goleiros tiveram pouco trabalho na etapa inicial.
Dos dez arremates do time carioca, segundo o Datafolha, somente um foi em direção ao gol: cabeçada do volante Fabiano, aos 23min, que o arqueiro Sérgio segurou sem problemas.
Já o Palmeiras foi bem inferior que o rival nas finalizações. Dos três chutes que fez, só acertou o alvo num tiro de fora da área do volante Reinaldo, aos 30min, sem dificuldades para o goleiro Diego.
Aos 42min, o Flamengo perdeu o zagueiro Fernando contundido. Rodrigo entrou em seu lugar.
Enquanto isso, o time alviverde continuava a maltratar a bola. Foi a equipe que mais cometeu faltas. Praticou 11 infrações e tomou três cartões amarelos, com o zagueiro Leonardo Silva, o lateral-direito Baiano e o meia Pedrinho.
Pior para o técnico Emerson Leão, que não poderá contar com Baiano e Pedrinho para a partida contra o Atlético-PR, no domingo, sem torcida, no estádio do Pacaembu. Pendurados, os dois atletas levaram o terceiro cartão amarelo e irritaram o treinador.
"Tivemos pouco aproveitamento. O Juninho e o Pedrinho não se encontram bem. Coloquei agora dois atacantes de ofício", disse Leão, na volta do intervalo.
Os baixinhos deram lugar aos grandalhões no segundo tempo. Entraram o argentino Gioino, 1,89 m, e Washington, 1,81 m, respectivamente nos lugares de Juninho, 1,68 m, e Pedrinho, 1,70 m. Desse modo, o meia-atacante Marcinho, que estava avançado, recuou e passou a armar as jogadas e a municiar os dois atacantes.
Mesmo assim, o gol não saía. Aos 10min, a melhor oportunidade de esteve nos pés do jovem atacante flamenguista Bruno Mezenga, 16, que se livrou do zagueiro paraguaio Gamarra, 34, e chutou de fora da área para a defesa de Sérgio. Aos 46min, o Palmeiras teve sua chance com Gioino, que, após bate-rebate na área, chutou fraco e viu a bola passar rente à trave, deixando o 0 a 0 no placar.


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