São Paulo, quarta, 29 de julho de 1998

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BASQUETE
Time masculino, sem cestinha Oscar e em processo de renovação tática, tenta evitar um vexame como em 94
Realista, seleção estréia no Mundial

Moacyr Lopes Júnior - 27.ago.97/Folha Imagem
O ala Rogério Kafke é um dos destaques da seleção brasileira que estréia hoje no Mundial da Grécia


EDGARD ALVES
enviado especial a Atenas

Ainda atormentada pela ressaca da despedida do cestinha Oscar Schmidt, que deixou um vazio no time, a seleção masculina de basquete do Brasil tem um teste importante hoje: a estréia no Mundial da Grécia, contra os EUA, favoritos ao título.
O jogo começa às 17h30 (11h30 de Brasília) no ginásio Olímpico, que pode abrigar 20 mil torcedores, em Atenas, capital da Grécia.
Com a saída de Oscar, que encerrou sua carreira na seleção na Olimpíada-96, o Brasil muda sua característica de jogo, procurando se adaptar a um basquete mais amplo, de conjunto.
Não se trata de uma renovação de atletas, mas de mudança de filosofia de jogo. Tanto assim, que o técnico Hélio Rubens Garcia recorre à experiência de jogadores como o pivô Pipoka, de 35 anos.
A situação leva o time a alimentar sonho modesto: ficar entre os oito mais bem colocados.
Essa meta já supera a pior campanha da história do Brasil em Mundiais, a 11ª colocação em Toronto, no Canadá, em 94.
Naquela oportunidade, a seleção também não contou com Oscar, que havia colocado um ponto final na sua carreira na seleção, mas, a seguir, acabou voltando atrás e comandou o time na obtenção do sexto posto na Olimpíada-96.
O time norte-americano não conta com nenhum dos jogadores da NBA, sua principal liga profissional, mas é dirigido pelo técnico Rudy Tomjanovich, do Houston Rockets, que comandará estrelas dos EUA que brilham no exterior e no basquete doméstico (universitário e profissional).
Brasil e EUA são as únicas seleções que participaram de todos os Mundiais desde que a competição foi disputada pela primeira vez em 1950, em Buenos Aires, Argentina.
O Brasil levou o título duas vezes (1959, em Santiago, Chile, e, em 1963, no Rio de Janeiro).
Apenas três times superam a performance brasileira: ex-URSS, Iugoslávia e EUA, com 3 ouros, 3 pratas e 2 bronzes cada.
Na fase de classificação, que começa hoje, os 16 times estão divididos em quatro grupos, onde jogam um turno completo.
Os últimos são eliminados (disputam do 13º ao 16º postos).
Os demais formam dois grupos de seis, obedecendo os emparceiramentos de duas chaves, para um turno completo sem repetição de jogos da fase anterior.
Isso significa que os times levam para a segunda fase os resultados (vitórias ou derrotas) dos jogos disputados contra os outros dois classificados também do grupo inicial da competição.
No caso do Brasil, valem novamente os resultados diante dos EUA, Lituânia ou Coréia, quando os três classificados pegam, a seguir, três da chave da Argentina, Austrália, Espanha e Nigéria.
Dos seis, quatro passam às quartas-de-final, etapa com jogos eliminatórios. Os demais lutam pelo 9º ao 12º lugares.

NA TV - Sportv, ao vivo, às 11h30



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