São Paulo, domingo, 29 de agosto de 2004

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O PERSONAGEM

Com o gol do ouro, "El Manchado" sai redimido de Atenas

DO ENVIADO A ATENAS

Pode ter sido um discurso ensaiado. E, se foi, funcionou. Criticado em 2003 por ter preferido disputar o Mundial interclubes pelo Boca Juniors a defender a seleção no Mundial sub-20, Carlos Tevez fez questão de se redimir ontem.
"Esse título tem um sabor maior, muito forte, diferente de qualquer vitória que eu tive pelo Boca", disse o atacante. "Esse é o ponto mais alto que já alcancei na minha carreira."
Declarações que, somadas à sua origem humilde e aos gols pelo clube de La Bombonera, o mais popular da Argentina, devem catapultar sua idolatria.
Ontem, ele também falou sobre o início de carreira. "Quero dedicar esse ouro ao meu pai, por tudo o que ele sofreu e pelo tanto que ele se sacrificou para que eu me tornasse jogador."
"Carlitos" Tevez nasceu em 5 de fevereiro de 1984 em Buenos Aires e cresceu em Fuerte Apache, bairro mais perigoso da capital. Quanto tinha só dez meses, sofreu um acidente com água fervendo que queimou seu corpo da orelha direita até o peito. Daí seu outro apelido: "El Manchado".
Torcedor do Boca, começou nas categorias de base e ao ser lançado ao time titular, aos 17 anos, sua identificação com a torcida foi imediata. Faltava-lhe, porém, um desempenho marcante pela seleção. Não falta mais. (FSX)

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