São Paulo, segunda-feira, 29 de agosto de 2005

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TÊNIS

Problemas no quadril fazem de piso duro do Grand Slam norte-americano a nova quadra "preferida" de brasileiro

Nos EUA, Guga reencontra novo habitat

DA REPORTAGEM LOCAL

Grand Slam em que Gustavo Kuerten apresenta seu pior desempenho na primeira rodada, a edição do Aberto dos EUA que começa hoje, em Flushing Meadows, pode significar o encontro de um novo habitat para o tenista.
Disputado em quadra dura, única superfície fora o saibro em que Guga já obteve títulos -foram 6 das 20 taças de simples-, esta será a primeira vez neste ano que ele participa de um torneio que não acontece na terra batida.
Até agora, o brasileiro mostrou desempenho sofrível nas 12 partidas que jogou em 2005, depois de voltar ao circuito após passar quase sete meses se recuperando da segunda cirurgia no quadril direito. Foram só quatro vitórias, duas delas em jogos da Copa Davis, no Brasil, contra rivais juvenis e que nem eram ranqueados pela ATP.
Mas, apesar do longo tempo sem atuar no piso duro -a última vez foi no Aberto dos EUA de 2004-, se depender da parte clínica, Guga tem tudo para ter um bom desempenho em Nova York.
"Teoricamente, a quadra dura é melhor para ele do que o saibro. Nesse piso, a musculatura da região não é tão forçada como quando ele escorrega e volta para rebater na terra batida", explica Rogério Teixeira da Silva, médico que acompanha a recuperação do tenista no Brasil. "No piso duro, em vez de escorregar, ele salta, evitando o estresse do músculo."
Silva diz que os jogos na quadra dura demoram mais a cansar a musculatura do quadril. "No saibro, a fadiga muscular da região é mais precoce, ou seja, o tempo que ele resiste à dor é menor."
Desde que desistiu de seu jogo de estréia do Torneio de Sopot (Polônia), no início do mês, com torcicolo, Guga passou uma temporada em São Paulo, onde se submeteu a uma série de exames para avaliar suas condições.
Ele fez testes não só para descobrir a causa das dores no pescoço -uma inflamação na vértebra- mas também para reavaliar seu quadril. Kuerten ainda fez fortes treinos específicos para a região e se preparou em quadra dura.
"Esse período, para o meu quadril, foi muito bom. Nos testes que fizemos, já apareceram melhoras em todos os aspectos musculares do quadril, que são importantes para minha movimentação e resistência na quadra," disse Guga, 352º do ranking, que na estréia nos EUA, amanhã, pega Paul Goldstein, 64º do mundo.
No período em que esteve em São Paulo, Guga contou com o apoio do treinador, Hernán Gummy, um de seus preparadores físicos, Fernando Cao, além da fisioterapeuta Mariângela Lima.
Semana passada, ele disputaria o Torneio de New Haven, mas, como sentia dores no pescoço, preferiu não ir e passou quatro dias sem treinar, tratando só da região. O outro brasileiro que disputa o Aberto dos EUA, Ricardo Mello, 56º do ranking, estréia hoje, ante o argentino Juan Monaco.


NA TV - ESPN Brasil e Sportv2, às 12h; ESPN, às 15h e às 20h

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