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TÊNIS
Problemas no quadril fazem de piso duro do Grand Slam norte-americano a nova quadra "preferida" de brasileiro
Nos EUA, Guga reencontra novo habitat
DA REPORTAGEM LOCAL
Grand Slam em que Gustavo
Kuerten apresenta seu pior desempenho na primeira rodada, a
edição do Aberto dos EUA que
começa hoje, em Flushing Meadows, pode significar o encontro
de um novo habitat para o tenista.
Disputado em quadra dura,
única superfície fora o saibro em
que Guga já obteve títulos -foram 6 das 20 taças de simples-,
esta será a primeira vez neste ano
que ele participa de um torneio
que não acontece na terra batida.
Até agora, o brasileiro mostrou
desempenho sofrível nas 12 partidas que jogou em 2005, depois de
voltar ao circuito após passar quase sete meses se recuperando da
segunda cirurgia no quadril direito. Foram só quatro vitórias, duas
delas em jogos da Copa Davis, no
Brasil, contra rivais juvenis e que
nem eram ranqueados pela ATP.
Mas, apesar do longo tempo
sem atuar no piso duro -a última vez foi no Aberto dos EUA de
2004-, se depender da parte clínica, Guga tem tudo para ter um
bom desempenho em Nova York.
"Teoricamente, a quadra dura é
melhor para ele do que o saibro.
Nesse piso, a musculatura da região não é tão forçada como
quando ele escorrega e volta para
rebater na terra batida", explica
Rogério Teixeira da Silva, médico
que acompanha a recuperação do
tenista no Brasil. "No piso duro,
em vez de escorregar, ele salta,
evitando o estresse do músculo."
Silva diz que os jogos na quadra
dura demoram mais a cansar a
musculatura do quadril. "No saibro, a fadiga muscular da região é
mais precoce, ou seja, o tempo
que ele resiste à dor é menor."
Desde que desistiu de seu jogo
de estréia do Torneio de Sopot
(Polônia), no início do mês, com
torcicolo, Guga passou uma temporada em São Paulo, onde se
submeteu a uma série de exames
para avaliar suas condições.
Ele fez testes não só para descobrir a causa das dores no pescoço
-uma inflamação na vértebra-
mas também para reavaliar seu
quadril. Kuerten ainda fez fortes
treinos específicos para a região e
se preparou em quadra dura.
"Esse período, para o meu quadril, foi muito bom. Nos testes
que fizemos, já apareceram melhoras em todos os aspectos musculares do quadril, que são importantes para minha movimentação e resistência na quadra,"
disse Guga, 352º do ranking, que
na estréia nos EUA, amanhã, pega
Paul Goldstein, 64º do mundo.
No período em que esteve em
São Paulo, Guga contou com o
apoio do treinador, Hernán
Gummy, um de seus preparadores físicos, Fernando Cao, além da
fisioterapeuta Mariângela Lima.
Semana passada, ele disputaria
o Torneio de New Haven, mas,
como sentia dores no pescoço,
preferiu não ir e passou quatro
dias sem treinar, tratando só da
região. O outro brasileiro que disputa o Aberto dos EUA, Ricardo
Mello, 56º do ranking, estréia hoje, ante o argentino Juan Monaco.
NA TV - ESPN Brasil e Sportv2, às 12h; ESPN, às 15h e às 20h
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