da Reportagem Local

O Palmeiras, mesmo vivendo dias conturbados, conseguiu se reabilitar no Brasileiro-99 ao bater a Ponte Preta por 2 a 1, de virada, em Campinas, ontem à tarde.
O time dirigido por Luiz Felipe Scolari não vencia havia cinco partidas. A última vitória tinha sido sobre o frágil Racing (ARG), na goleada de 7 a 0 pela Copa Mercosul, dia 5 de agosto.
Com a vitória, o time agora soma oito pontos no torneio.
O Palmeiras viajou a Campinas sob um clima tenso. Na sexta-feira, Scolari cortou o goleiro Marcos por indisciplina. O jogador, que se apresenta à seleção brasileira amanhã, reclamou de ter sido relacionado para a partida de ontem, já que, machucado no tornozelo esquerdo, não teria condições de atuar. Marcos achava que seria melhor ficar em São Paulo.
Irritado com as declarações de Marcos, Scolari convocou uma reunião e cortou o goleiro, que saiu revoltado do Centro de Treinamento do clube.
Após o jogo de ontem, voltou a criticar o goleiro (leia ao lado).
O jogo começou em ritmo de treino. Desorganizadas em campo, as equipes não conseguiam criar situações de perigo aos goleiros Sérgio, do Palmeiras, e Alexandre, da Ponte.
Nos primeiros 30 minutos o que se viu no Moisés Lucarelli foi uma sequência interminável de jogadas violentas, pontapés, empurrões e passes errados. O gramado, em péssimas condições, dificultava o toque de bola.
O Palmeiras continuou mostrando as deficiências de sempre. Sem criatividade no meio-campo, formado por Zinho e Alex, o time não conseguia furar o bloqueio da defesa campineira, a menos vazada do campeonato, com apenas dois gols sofridos até então.
Evair e Paulo Nunes, isolados no ataque, eram facilmente marcados por Fábio Luciano e Paulão.
O setor mais criticado da equipe dirigida por Scolari, a defesa, não comprometeu. A zaga teve que ser novamente improvisada -Galeano entrou no lugar de Agnaldo, vetado pelo departamento médico nos vestiários.
No primeiro lance de perigo da partida, a Ponte abriu o placar. Em um contra-ataque, Régis deu um drible desconcertante em Roque Júnior -que caiu sentado- e rolou para trás. Vander bateu de bico, rasteiro, e venceu Sérgio.
Um minuto depois, Evair driblou Fábio Luciano dentro da área e foi derrubado. Aos 36min, Rogério bateu o pênalti com perfeição no canto direito, empatando o jogo. Foi o quinto gol de pênalti do Palmeiras no Brasileiro.
No segundo tempo, a Ponte começou pressionando. Encurralado em seu campo, o Palmeiras só não tomou o segundo gol porque faltou pontaria aos campineiros.
Aos 12min, depois de cobrança de escanteio, Paulo Nunes, livre na área, bateu firme, para virar o placar a favor do Palmeiras.
A Ponte sentiu o gol e não teve mais forças para pressionar. O Palmeiras, por seu lado, gastou o tempo e assegurou sua segunda vitória no campeonato.


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