DO ENVIADO A RECIFE

Natural de Ribeirão Preto (SP), na infância ou mesmo na adolescência, não passava por sua cabeça que seu futuro estivesse no futebol, muito menos no de campo.
Como hobby, atuava no gol do futebol de salão, mas, quando se mudou com a família para São José dos Campos, aos 16 anos, foi convencido pelo treinador Diede Lameiro a tentar a sorte nos gramados. Tentou e deu certo.
Pouco depois, voltaria para Ribeirão Preto, a fim de defender o Comercial, sendo logo transferido para o Palmeiras, onde ganharia destaque na profissão.
Não fosse pela indicação de Lameiro, o casal Vani Mechelutti e Rafael Leão poderia acabar com três, e não dois, filhos médicos.
Edmílson e Édson Leão, ambos irmãos do treinador, exercem a medicina até hoje -o primeiro, dois anos mais velho do que o ex-goleiro, é neurologista em São José dos Campos, e o segundo, o mais velho dos três, com 58 anos, é ginecologista em São Paulo.
Além da medicina, que deixou para trás antes de iniciar estudos na área, Leão é considerado, em Recife, um apaixonado por arquitetura e decoração de ambientes.
Ele pôde ser visto na abertura da Casa Cor 2000, principal evento de decoração da cidade, para o qual também compareceu o arquiteto João Armentano, cujo trabalho é admirado pelo treinador.
O fotógrafo Genival Fernandes Vieira, conhecido como "paparazzi" no Sport, costuma frequentar as galerias da cidade para fotografar algumas obras de arte que possam interessar a Leão.
"Como o Parreira, ele gosta de pintura", disse Fernandes, que ficou famoso depois de ter sido agredido pelo atacante Viola, em jogo do Sport contra o Santos, então dirigido pelo técnico.
"Foi aquilo que me aproximou do Leão. Quando ele chegou ao Sport, pediu desculpas pelo incidente, e ficamos amigos. É boa gente. O único defeito é que não conseguiu convencer o Viola a pagar meus prejuízos", declarou o "novo assessor" de Leão. (JCA)


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