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Japoneses acordam para o Brasil
DO ENVIADO A RECIFE
Se no Brasil a escolha de Leão
para dirigir a seleção não foi uma
unanimidade, no Japão a história
é diferente. A imprensa local está
fazendo barulho com a indicação
do treinador, que foi campeão
com o Verdy Kawasaki, em 1997.
Para a partida da seleção contra
a Colômbia, que marcará a estréia
de Leão no cargo -suspenso, estará nas tribunas-, duas emissoras de TV do Japão, três jornais e
quatro revistas já pediram credenciamento e estão entrando em
contato com Claudemir Gomes,
assessor de imprensa do Sport e
responsável pela agenda do técnico até dezembro, para entrevistas.
Antes da estréia de Leão, a participação da seleção nas eliminatórias não atraía tanto a atenção do
Japão, que dividirá o Mundial de
2002 com a Coréia do Sul.
A partida mais "acompanhada"
pelos japoneses havia sido a contra a Argentina, com três órgãos
de imprensa do país credenciados
-agora serão pelo menos nove.
Para Leão, será a oportunidade
de voltar a praticar o japonês. "Eu
até que falava bem, mas agora devo estar um pouco enferrujado",
disse. "Mas, na hora que começar
a ouvir japonês de novo, acho que
começo a me lembrar melhor e
vai dar para arranhar um pouco."
Mas, mais do que a audiência japonesa, o que o novo técnico quer
é a presença e o incentivo do público brasileiro, escassos no final
da era Luxemburgo.
"É uma boa hora para a torcida
começar a voltar aos estádios",
disse Leão, lembrando que, especialmente no Sul e no Sudeste, ela
vem decepcionando na Copa JH.
"No Nordeste é um pouco diferente, principalmente no caso do
Sport, que vem fazendo uma boa
campanha. Aqui me perguntam
muito se eu não estou decepcionado com a torcida, porque a média de público, em casa, tem sido
de 20 mil pessoas, quando todos
queriam que fosse de 30 mil."
"Se fosse em São Paulo, hoje em
dia 20 mil torcedores no estádio
para um jogo da João Havelange
até que estaria de bom tamanho.
Mas aqui não", disse.
(JCA)
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