São Paulo, sexta-feira, 29 de outubro de 2004

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PAINEL FC

Mal-estar
Nos últimos meses, o zagueiro Serginho vinha se queixando à família de sucessivos mal-estares. Diante da preocupação dos parentes, o jogador dizia que estava fazendo os exames necessários. Mas jamais mencionou algum problema cardíaco.

Chegadas e partidas
Antes de embarcar para Minas Gerais ontem à tarde, em Congonhas, Paulo Sérgio, 4 anos, filho de Serginho, já tateava a perda. Acostumado a ir buscar o pai no aeroporto, perguntou: "Mãe, o papai já chegou?".

Assinatura
Até ontem à noite, haviam chegado 26 coroas de flores ao velório de Serginho em Coronel Fabriciano. A maioria enviada por clubes, instituições, governos e famílias. Apenas um jogador "pessoa física" mandou a sua: Ronaldo.

Palavra
Segundo amigos que freqüentavam com Serginho a igreja evangélica Canaã, o jogador, um dos líderes de cultos religiosos, estava especialmente dedicado à Bíblia na última semana.

Silêncio
O atacante Washington, do Atlético-PR, que sofre de problemas cardíacos, foi orientado pelo clube a não dar entrevistas ontem. Deverá falar só após o jogo contra o Inter, no sábado.

Luz negra
As caixas postais da Folha foram invadidas ontem por e-mails de assessores de médicos, que se ofereciam para comentar o caso Serginho. Empresas de equipamentos médicos, advogados e até parlamentares também correram atrás de espaço.

Lobby
Gigante do setor médico, a Phillips diz que só vai investir para valer no mercado brasileiro de desfibriladores caso o projeto do senador Tião Viana (PT-AC), que prevê a obrigatoriedade do equipamento em locais públicos, seja aprovado no Congresso. A multinacional considera o quadro atual pouco atraente.

Dois mundos
No Brasil, um desfibrilador custa, em média, o equivalente a R$ 12 mil e só pode ser comprado diretamente dos fabricantes. Nos EUA, custa metade disso, o preço não pára de cair e pode ser comprado até em farmácias.

Sem retardatários
Os ingressos do Paulista-05 serão vendidos nas bilheterias dos estádios somente até duas horas antes do início dos jogos. A PM e a empresa que comercializa os tíquetes para a FPF ainda tentam conseguir que não ocorra venda no dia das partidas.

A vez delas
A FPF anunciou ontem que o Paulista feminino de futebol começa em 12 de novembro, reunindo 32 equipes. A organização é dividida com a Secretaria de Esporte de SP. Dos grandes clubes, só o Santos participa.

Complô
Em nota oficial, o Santos reafirmou que Robinho não sai da Vila. E insinuou que as notícias da ida do jogador a Portugal são obra de adversários querendo desestabilizar o clube.

Santo de casa...
A tradicional visita dos jogadores do Flamengo à igreja de São Judas Tadeu no Cosme Velho chegou ao ápice do esvaziamento. Ontem, dia do padroeiro, nenhum integrante do elenco esteve lá. Justo no momento em que o time vive à beira da zona de rebaixamento.

Meu campo é outro
Com sua imagem espalhada pelas ruas de Milão, na campanha do jeans Armani, Kaká segue imune aos apelos do dono da grife para estrear nas passarelas européias. Giorgio Armani pediu recentemente ao craque para desfilar na semana de moda da cidade. O tímido Kaká não pôde ir, por causa do Milan.

E-mail: painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

De Jorge Kalil, conselheiro do Corinthians e médico do hospital São Luiz, sobre o atendimento a Serginho:
- Se ele jogasse no Corinthians, as chances dele seriam maiores, pois temos dois desfibriladores.

CONTRA-ATAQUE

Puro "fair play"

A Inglaterra nunca viu gols tão estranhos como os da partida entre Plymouth Argyle e Yeovil pela Copa da Liga inglesa.
Após o Plymouth jogar a bola para fora para que um de seus atletas, que havia machucado o nariz, fosse atendido, o time se surpreendeu com a atitude do atacante Lee Johnson.
Ao receber a bola e ficar encarregado de devolvê-la ao goleiro do Plymouth, Johnson exagerou na força e a colocou nas redes.
O árbitro Clive Penton ficou constrangido, mas validou o gol.
Indignado, Gary Johnson, técnico do Yoevil e pai de Lee, ordenou que sua equipe deixasse o Plymouth empatar de imediato.
- Nunca vi um gol como este, disse Bobby Williamson, técnico rival, referindo-se à forma como os atletas do Yeovil abriram caminho e permitiram o gol de Steve Crawford.


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